Arthur Elias poderá ser o nome que substituirá Vadão

Recebemos hoje através de uma fonte do meio do futebol feminino, a informação de que o técnico Arthur Elias já estaria sendo sondado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), para assumir o lugar de Vadão no comando da Seleção. Atualmente Arthur é técnico do Corinthians, onde foi campeão brasileiro em 2018, e eleito o melhor técnico do campeonato. Além disso, ele também esteve à frente da equipe quando ainda tinha parceria com Audax, conquistando na época, a Libertadores da América.

Arthur está no futebol feminino desde 2006, e antes do Corinthians, passou pelo Centro Olímpico-SP. O nome dele é bem cotado pelo meio futebolístico e pela imprensa mesmo antes da copa do mundo.

A seleção brasileira já chegou no mundial da França com o comando de Vadão sendo contestado. As nove derrotas consecutivas que a equipe acumulava e o mal desempenho na She Believes Cup, nos Estado Unidos, reforçavam o coro que pedia a mudança do técnico. Na época, Marco Aurélio Cunha, coordenador da Seleção Feminina, defendeu a permanência de Vadão e relativizou a sequência de derrotas.

O então técnico Vadão, defendeu sua campanha e afirmou que o período de preparação antes da copa seria destinado a corrigir os erros. O fato é que os erros persistiram. A Seleção Brasileira ainda teve de lidar com perdas significativas de atletas lesionadas, e mesmo se classificando na primeira fase, continuava apresentando sérios problemas de progressão dentro de campo.

O jogo de ontem contra a França foi uma curva fora da linha no recente histórico da seleção. Uma entrega excepcional em campo, deixou o Brasil no mesmo patamar das donas da casa, favoritas ao título e com a torcida ao seu favor. Foi um jogo bastante difícil, com uma exigência fora do comum, e que por pouco, podia ter destinado o Brasil para as quartas. Mas não deu.

Automaticamente, entre mensagens de agradecimento e reconhecimento do esforço das jogadoras, torcedores e jornalistas já questionavam a CBF: haverá mudança no comando da seleção?

Ainda ontem em entrevista, Vadão pontuou o costume da entidade manter o técnico até o fim do ciclo olímpico, que encerra com os jogos olímpicos do ano que vem, em Tóquio. Na coletiva de imprensa, após o fim do jogo, ele disse: “A gente entende também que há certo grau de desgaste. Mas o presidente bancou nossa permanência e nós, embora não classificados, fizemos uma Copa dentro de campo muito boa. E agora cabe à diretoria tomar a atitude que achar melhor”.

Já o Marco Aurélio Cunha, respondeu sobre a permanência em entrevista para o Globo Esporte, no caminho do aeroporto para voltar pro Brasil. “Acho que ele fez uma ótima Copa, independentemente das críticas de costume contra ele. Agora quem decide o futuro da Seleção é o presidente da CBF. Sou tão funcionário da CBF quanto o Vadão. Se acharem, chegando ao Brasil, que nosso tempo deu, a gente vai entender. Se quiserem que a gente prossiga, a gente prossegue.”

O que diz a CBF:

Entramos em contato com a assessoria da CBF, que por telefone informou não ter qualquer informação sobre a mudança do comando na seleção.

O que diz Arthur Elias:

Também por telefone, fizemos contato com o atual técnico do Corinthians, que disse não ter sido procurado pela CBF. “Todo técnico sonha em um dia chegar na seleção. Mas não, ainda não fui procurado. O técnico é o Vadão. Ele ainda está lá! Meu foco agora é o Corinthians”, declarou.

O Corinthians atualmente é líder do campeonato brasileiro e único representante nacional na disputa da libertadores da América no fim do ano. Se confirmado o nome de Arthur para assumir a seleção brasileira, a equipe precisaria buscar uma boa opção para substituí-lo e não quebrar a boa campanha que a equipe paulista vem fazendo.

Vamos ficar de olho nos próximos passos da CBF.

 

Fotos: Corinthians/Redes Sociais – FIFA/Getty Images

 

Jornalista e Profissional de Educação Física. Pernambucana, bairrista por natureza, vivendo a máxima Gonzaguista: “Minha vida é andar por esse país”. Apaixonada por futebol desde que respira. Atualmente vive em São Paulo, e tem como sonho ajudar a conduzir o futebol feminino ao topo. Fora das quatro linhas, gosta de ler, pedalar, explorar a natureza e é obcecada pela ideia de estar sempre criando algo novo.
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