O futebol feminino tem conquistado muita popularidade. Nos últimos anos, presenciamos recordes de audiências e aumento de interesse por parte do público. Com essa valorização, os grandes clubes passaram a enxergar o potencial da categoria e a investir ainda mais em transferências de atletas.
Resultado dessa popularidade é o crescimento nos valores de transferências das jogadoras. Segundo o relatório da FIFA sobre o mercado de transferências internacionais, em 2022, os clubes investiram US$ 3,3 milhões (R$ 17,76 milhões) em contratações do futebol feminino. Houve aumento de 62% ante 2021, o maior valor registrado até então.
Recentemente, o recorde de maior transferência do futebol feminino foi quebrado com a contratação da jogadora Keira Walsh, pelo Barcelona, vinda do Manchester City. O valor é bem acima do habitual para a categoria feminina, mas o que chama atenção é a grande diferença se comparado com a maior contratação do futebol masculino.
O valor pago por Keira é 400 vezes menor que o da contratação mais cara do masculino, quando o PSG pagou 222 milhões de euros (R$ 824 milhões) ao Barcelona por Neymar, em 2017.
Existem vários fatores que influenciam a grande discrepância de receita entre as categorias, porém, mesmo com a diferença, o cenário do futebol feminino é otimista e a tendência é que os investimentos e a valorização das jogadoras aumente.
Para entender esse crescimento, veja quais são as 5 maiores transferências do futebol feminino:
5- Lauren James (R$ 1,2 milhões)
Em 2021, a atacante Lauren James, de 21 anos, saiu do Manchester United para o Chelsea por 200 mil libras (R$ 1,2 milhões). Na época foi a maior transferência da Women’s Super League.
Lauren foi revelada pelo Arsenal e já havia passado pelas categorias de base do Chelsea, além de fazer parte da Seleção Inglesa. Ela é irmã do jogador Reece James que também joga no Chelsea pelo time masculino.
4 – Beth England (R$ 1,5 milhão)
Bethany England, 28 anos anos, foi do Chelsea para o Tottenham por 250 mil libras (R$ 1,5 milhão). Em dezembro de 2022, a jogadora assinou contrato de três anos com o Spurs, se tornando a maior transferência interna do futebol feminino inglês.
Atacante já atuou por times como Doncaster Rovers Belles, Liverpool e Chelsea, e representou a Inglaterra nas seleções sub-19 e sub-23
3- Sam kerr (R$ 1,6 milhão)
Em julho de 2019, o Chelsea contratou a atacante do Chicago Red Stars (EUA), Sam Kerr, de 29 anos, por cerca de 300 mil euros (R$ 1,6 milhão).
A jogadora australiana ganhou destaque nas atuações pelo Perth Glory, time de seu país, onde marcou 52 gols em 49 partidas. Pelo Chicago Red Stars, fez 19 gols em 23 jogos na Liga Americana. E na Seleção Australiana, Kerr é a segunda maior artilheira da história, com 42 gols em 92 partidas.
Na temporada 2021/2022, a australiana foi a artilheira da NWSL pelo segundo ano consecutivo, com 20 gols em 20 jogos, e foi indicada ao FIFA The Best este ano.
Além disso, Kerr levou a Chuteira de Ouro pelo Chelsea, e se tornou a primeira jogadora da história a ganhar o prêmio em três continentes diferentes: Oceania, América do Norte e Europa.
Em 2023, a jogadora também conquistou o feito de ser a primeira mulher a ser capa do jogo FIFA 2023, posando ao lado de Kylian Mbappé.
2- Pernille Harder (R$ 2,1 milhões)
Em setembro de 2020, o Chelsea quebrou novamente o recorde de contratação mais cara do futebol feminino. O time pagou cerca de 350 mil euros (R$ 2,1 milhões) pela jogadora Pernille Harder, do Wolfsburg. Pelo time alemão ela conquistou uma Bundesliga, quatro Copas Nacionais e foi vice-campeã da Liga dos Campeões Feminina em 2018 e 2020.
Harder assinou por três temporadas com o Chelsea. Desde então ela foi campeã inglesa e da Copa da Liga da Inglaterra.
1 – Keira Walsh – (R$ 2,2 milhões)
O Barcelona desembolsou cerca de 350 mil libras (R$ 2,2 milhões) ao Manchester City para contratar a meio-campista Keira Walsh, de 25 anos. A transação foi fechada em setembro do ano passado, e se tornou a mais cara do futebol feminino.
Walsh é uma peça importante da Seleção Inglesa, e teve destaque na conquista do título da Eurocopa 2022, quando foi eleita a melhor jogadora da final do torneio. A jogadora também entrou para a lista do FIFA The Best.
Maior transferência do Brasil
A única brasileira que atingiu valores parecidos e entraria na lista é a ex-jogadora Milene Domingues. Em 2002, a brasileira foi contratada pelo Rayo Vallecano, da Espanha, vindo do ASD Fiammamonza, da Itália, por aproximadamente 200 mil libras (R$ 1,2 milhões). Esse valor a colocaria em 5º lugar na lista de transferências mais caras da história do futebol feminino. Na época, esse valor foi o mais alto.
Atualmente a transferência internacional mais cara feita no Brasil foi a negociação entre Corinthians e Orlando Pride, dos Estados Unidos, pela atacante Adriana. O time pagou 100 mil dólares (R$ 513 mil) pela atleta. O valor atingiu cerca de 23% do total da maior negociação da história do futebol feminino, feita pelo Barcelona.
