O Brasileirão Feminino A1 de 2024 começa nesta sexta-feira (15). A principal competição do futebol feminino do país vai reunir 16 equipes, que vão em busca do tão sonhado título da elite.
O sistema de disputa será o mesmo dos anos anteriores, no entanto, a competição conta com algumas novidades, como o aumento no pagamento de cotas e premiação e a estreia de duas equipes.
O que não é novidade é o favoritismo do Corinthians. Atuais campeãs, as Brabas chegam para mais um campeonato buscando manter a hegemonia de títulos.
Formato de disputa
América-MG, Atlético-MG, Avaí/Kindermann, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Ferroviária, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Real Brasília, Red Bull Bragantino, Santos e São Paulo são os clubes que estarão no Brasileirão deste ano.
Na primeira fase, todos os clubes se enfrentam entre si em turno único. Os oito melhores colocados avançam para o mata-mata, que será disputado em jogos de ida e volta.
Nas quartas de final, os confrontos serão definidos assim:
1º colocado x 8º colocado
2º colocado x 7º colocado
3º colocado x 6º colocado
4º colocado x 5º colocado
Quem vencer as partidas das quartas se classifica para a semifinal e, posteriormente, os dois melhores vão disputar a final. Na semi, os duelos vão seguir a seguinte ordem:
1º colocado ou 8º colocado x 4º colocado ou 5º colocado
2º colocado ou 7º colocado x 3º colocado ou 6º colocado
Em caso de empate nos jogos do mata-mata, a vaga será decidida nos pênaltis. A grande final está prevista para o dia 22 de setembro.
Premiação
A Confederação Brasileira de Futebol anunciou uma premiação recorde para a edição de 2024 do Brasileirão feminino, totalizando quase R$ 2,3 milhões. Em comparação ao ano passado, os valores tiveram um reajuste de 25%.
O campeão vai ganhar R$ 1,5 milhão, já o vice vai embolsar metade disso, ou seja, R$ 750 mil.
Além disso, houve reajustes nas cotas pagas aos 16 clubes participantes da competição. Na primeira fase, cada um vai receber R$ 300 mil. Os times que avançarem para as quartas de final vão ganhar mais R$ 100 mil. As equipes semifinalistas embolsarão mais R$ 100 mil. Ao todo, serão R$ 6 milhões de cotas destinadas aos clubes.
Vagas para Libertadores e Supercopa Feminina
Como em anos anteriores, o campeão e o vice terão vagas garantidas na Libertadores Feminina 2025. Caso um desses times conquiste a Libertadores de 2024, a vaga ficará para o clube melhor colocado na classificação do Campeonato.
Para a disputa da Supercopa Feminina, os critérios são diferentes. Ao todo, são disponibilizadas oito vagas. Para participar da competição, a CBF determina um bloco com 16 clubes, composto pelos 12 melhores colocados do Brasileirão Feminino A1, limitados a uma equipe por estado, que serão classificados respectivamente entre a 1º e 12º posição do bloco, e os quatro times melhores posicionados do Brasileiro Feminino A2 de 2024, que serão classificados respectivamente entre a 13ª e a 16ª colocações do bloco.
Caso as vagas não sejam preenchidas por esse critério, a federação melhor ranqueada no Ranking Nacional de Clubes terá direito a duas vagas.
Retorno à elite
Red Bull Bragantino e Botafogo são as equipes que estão retornando para a Série A1. As Bragantinas conquistaram o bicampeonato da A2 no ano passado. Essa será a segunda participação do time paulista na principal competição do país. Em 2022, o RB Bragantino fez a sua estreia, no entanto, acabou sendo rebaixado.
O Botafogo estava sem jogar a elite do futebol feminino há dois anos. A última participação foi em 2021 quando as Gloriosas terminaram na 13ª posição. O Alvinegro conquistou a vaga de retorno para a Série A1 depois de chegar até a semifinal da A2 de 2023, onde acabou sendo derrotado pelo Fluminense.
Estreantes
América-MG e Fluminense vão ter a oportunidade de disputar o Brasileirão Feminino A1. Em 2023, as duas equipes chegaram até a semifinal da Série A2 e conquistaram o acesso.
. Foto: Nayra Halm/ Staff Images Woman / CBF
O Tricolor das Laranjeiras foi vice-campeão após perder a final para o Red Bull Bragantino. As Spartanas também foram derrotadas para as Bragantinas, onde caíram na semi.
Transmissão no Brasileirão A1
Assim como na edição passada, o grupo Globo detém os principais direitos de transmissão da Competição. Na primeira fase, serão transmitidos apenas dois jogos por rodada no Sportv, canal da TV fechada. Ainda não se sabe quando as partidas serão transmitidas na TV Globo. Em 2023, os jogos foram televisionados no maior canal aberto do país somente a partir das quartas de final.
Na última semana, foi veiculada a informação de que a TV Brasil, pertencente à Empresa Brasileira de Comunicação, iria transmitir os jogos da competição. Em contato com a EBC, a emissora informou que está negociando para exibir a série A do futebol feminino e assim que o contrato estiver formalizado, mais detalhes serão divulgados.
Também há informações de que alguns canais de streaming estão negociando os direitos de alguns jogos, mas até o momento, nenhum acordo foi oficializado.
Domínio Alvinegro
Desde que o Brasileirão Feminino começou a ser disputado em um novo formato, em 2017, o Corinthians tem o domínio absoluto. Em sete edições, as Brabas foram campeãs em cinco oportunidades. Nas duas vezes em que a equipe corinthiana não levantou a taça, o time foi vice-campeão.
Outro ponto que reforça ainda mais o domínio do Corinthians na elite do futebol feminino do Brasil, é que as Brabas conquistaram os últimos quatro títulos de forma consecutiva.
Santos e Ferroviária são as outras duas equipes que também estão no grupo das campeãs.
Lista das campeãs do Brasileirão A1
- 2017 – Santos
- 2018 – Corinthians
- 2019 – Ferroviária
- 2020 – Corinthians
- 2021 – Corinthians
- 2022 – Corinthians
- 2023 – Corinthians
