Copa América Feminina: além do Brasil, veja quem pode surpreender

Faltam apenas 11 dias para a bola rolar na maior competição continental sul-americano de futebol feminino: a Copa América Feminina 2022. A nona edição do torneio começa dia 8 de julho, com dez seleções participantes.

As equipes foram classificadas em dois grupos.

Grupo A: Colômbia, Equador, Paraguai, Bolívia e Chile
Grupo B: Brasil, Argentina, Peru, Uruguai e Venezuela

E como todo grande campeonato, os times reúnem nomes de peso que vão em busca da tão sonhada taça. Por isso, preparamos uma lista detalhada das craques que prometem vibrar o continente.

Colômbia

As donas da casa entram em campo, principalmente, com a missão de serem campeãs das américas e voltar a disputar uma Copa do Mundo.

@catausme

Dentro de campo, contam com o protagonismo de Catalina Usme, a artilheira da última edição do torneio (9 gols). Ela se apresenta como líder em campo e por isso, dita o ritmo de jogo entre as companheiras. Ao seu lado, a volante Leicy Santos, figurinha carimbada do elenco, transita facilmente entre os setores e tem o apoio de Diana Ospina no setor. 

A seleção colombiana ainda conta com a juventude e intensidade de Liana Salazar, que disputa o Brasileirão Feminino pelo Corinthians. 

Em preparação para a copa, as colombianas entraram em campo contra os Estados Unidos no dias 25 e foram derrotadas por 3 a 0. Na terça-feira (28), as equipes se encontrarão novamente em Sandy, Utah.

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Equador

Diferentemente da Colômbia, o interesse pela modalidade no Equador é recente, mas mesmo assim, a seleção chega com a vontade de entrar na briga pela vaga no mundial. Em entrevista ao portal Dibradoras, a técnica Emily Lima confessou que vai precisar usar as armas que tem e acredita que o time pode surpreender na Copa América. Ou seja, o elenco é renovado e uma mescla de jogadoras integram o time: desde as que já atuaram em copas até as meninas que jogaram campeonatos sul-americanos de base (sub-17 e sub-20). Sem uma estrela no time, Emily aposta no jogo coletivo. 

@latriecu

Antes de partir para a Colômbia, a Seleção Equatoriana Feminina faria dois amistosos contra o Panamá, nos dias 25 e 28 de junho. Os compromissos foram cancelados devido a onda de violência que atravessa o país.

Apesar disso, as jogadoras seguem em preparação para o torneio. Dos 28 nomes convocados, apenas 23 defenderão a camisa equatoriana. 

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Paraguai

@jessica_martinez2910

Apesar de pouca tradição, a seleção paraguaia ainda assim se diferencia por ter nomes conhecidos pelos torcedores brasileiros. Fany Gauto e Fabíola Sandoval, por exemplo, são estrelas do time e disputam o campeonato brasileiro pela Ferroviária e Avaí/Kindermann, respectivamente. As duas junto a Jéssica Martinez, que jogou no Santos em 2018, garantem o poder ofensivo da seleção paraguaia. 

Fany Gauto, por exemplo, desenvolve a função de meia armadora e organizadora, enquanto Fabíola Sandoval costuma levar vantagens nos confrontos ‘um contra um’. Fechando o trio de destaque paraguaio, Jéssica Martinez é a goleadora da seleção e como resultado, costuma liderar os triunfos da equipe, seja com assistências, gols de cabeça, bola parada e até do meio de campo. 

Antes de sua participação, a Seleção Peruana encarou o México no dias 25, quando perdeu por 5 a 1. Nesta terça (28), o time pode ter, sobretudo, uma revanche em Torreón, Coahuila.

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Bolívia

Reprodução/Conmebol

Com a evolução da modalidade caminhando a passos lentos no país, o principal objetivo das ‘Guerreras’ e principalmente da treinadora Rosa Gómez é construir um trabalho a longo prazo. Ela assumiu o comando recentemente e tem um contrato de três anos para formar uma base para a seleção boliviana. Até lá, o time ainda precisa passar pela Copa América e, para isso, aposta num time misto com jogadoras que já fizeram parte das seleções de base sub-17 e sub-20, além de alguns nomes que já estiveram no time principal.

Entre eles, a goleira Alba Salazar, que disputou o Campeonato Sul-Americano sub-17. No meio de campo, a responsabilidade fica com a experiente Maite Zamorano, de 41 anos: eleita melhor jogadora do país em 2018 e craque do time. 

A seleção disputou dois amistosos contra o Uruguai nos dias 23 e 26 de junho, e acabou sofrendo duas goleadas por 5×0 e 7×0, respectivamente.

Ao todo, 35 jogadoras foram convocadas, mas somente 23 serão escolhidas para integrar o time definitivo.

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Chile

AFP

A La Roja, como é conhecida a seleção, chega como um dos times mais estruturados do campeonato e tem a defesa como principal arma. Por isso, a presença da capitã e melhor goleira do mundo Christiane Endler é a principal referência técnica da equipe. Ela conta com o reforço da dupla de zaga Carla Guerreiro e Daniela Pardo, uma das mais sintonizadas da copa. 

No meio de campo, o grande destaque é a meio-campista Karen Araya, a mulher das bolas paradas. Além disso, é muito importante não só atuando na marcação, como também demonstra qualidade nas chegadas ao ataque. Já a veterana Francisca Lara, é conhecida pela versatilidade que dá ao time, ao mesmo tempo que pode assumir a função de lateral esquerda e meio-campista. 

Em contrapartida, o ataque tem sido um sofrimento para as chilenos, que sem conseguir acertar a última e marcar gols, confirma a máxima do futebol de ‘quem não faz, leva’ e segue instável nas competições. Exemplo disso, foi a eliminação da seleção nas Olimpíadas de 2020.  Na ocasião, o Chile não ganhou nenhum jogo e caiu na fase de grupos. 

No primeiro amistoso preparatório, a La Roja Feminina perdeu por 1 a 0 para a Venezuela, no dia 25. As duas equipes se enfrentam novamente na terça-feira (28).

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Argentina

estefibanini_10

Com o futebol feminino sendo profissionalizado somente em 2020, a seleção argentina passa por um momento de reconstrução. Desta forma, as hermanas começaram com a apresentação de um novo técnico ainda no ano passado. No campo, Germán Portanova conta não apenas com o protagonismo e pontaria da atacante Mariana Larroquette, como também com toda maestria de Estefanía Banini, meio campista e capitã na última Copa do Mundo na França 2019, que associa velocidade e drible. Yamila Rodríguez é uma velha conhecida da torcida albiceleste, que com uma leitura limpa de jogo, costuma furar a defesa adversária e marcar.  

Visando o desenvolvimento e renovação da modalidade, Tomba Catalina Roggerone, figurinha carimbada no sub-20, aparece acima de tudo como sinônimo de renovação para a equipe. 

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Peru

@fabiolahz17

Ainda que a evolução da modalidade caminhe a passos lentos no país vermelho e branco, a seleção costuma causar incômodo nas adversárias. E a grande responsabilidade disto está nos pés de Xioczana Canales, uma das maiores pontuadoras da Liga Feminina e da experiente Fabiola Herrera, 34, que com sua rapidez trabalha bem as antecipações, de tal forma que impede a conclusão da jogada adversária integram a seleção peruana. 

Antes da bola oficial rolar, a seleção disputou dois amistosos contra o México. No primeiro, perdeu por 5 a 1. Agora, a equipe precisa se alinhar para a segunda data Fifa (28), onde tem a chance de melhorar a atuação.

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Uruguai

Esperanza Pizarro jogando pelo Uruguai. Foto: Estefanía Leal.

Velocidade, pontaria e muita ginga de corpo são características da atacante Belén Aquino, que com apenas 20 anos, é o turbilhão uruguaio dentro de campo. Ao seu lado, a capitã e volante com passagem pelo Internacional, Ximena Velazco. A seleção Uruguaia ainda conta, principalmente, com a ofensividade de Esperanza Pizarro, goleadora do elenco, é ambidestra e extremamente explosiva. Além disso, o jogo aéreo é o seu forte.

Em preparação para os jogos da Copa América, o Uruguai não só goleou a Bolívia por 5 a 0, nesta quinta (23), como também derrotou a ‘La verde’ novamente no domingo (26) por 7 a 0.

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Venezuela

Depois de alcançar a melhor posição no ranking da Fifa em 2021 (52º lugar), o clima é de otimismo entre as jogadoras ‘La Vinotinto’. Nas quatro linhas, a jovem zagueira Verónica Herrera, que tem a bola parada como arma, aparece como um dos destaques venezuelanos, por exemplo.

@mayastudillo17

No meio de campo, Sonia O’Neill e sua força física associada ao jogo simples e versatilidade Maikerlin Astudillo, jogadora reconhecida pelas grandes recuperações de bola, podendo assumir o papel de ala ou atacante tem, como resultado, parte da construção ofensiva do Tricolor. 

Ao mesmo tempo, no comando do ataque Oriana Altuve é uma matadora na pequena área e costuma  dominar o jogo aéreo. Ao seu lado, ‘Deyna la Reina’, a Rainha Deyna Castellanos, uma das principais figuras do time, tem a reputação de marcar gols espetaculares. 

Para os jogos preparatórios para o torneio, a Venezuela não conta com Deyna, que apesar de convocada, se machucou. 

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A competição

A 9ª edição da Copa América começa no dia 08 de julho, com sede na Colômbia, e terá dez seleções divididas em dois grupos de cinco. Na primeira fase, as equipes se enfrentam dentro do próprio grupo e as duas primeiras seleções de cada chave garantem vaga nas semifinais. Depois, confrontos únicos para definir os finalistas. 

A competição continental garante vaga para o Mundial, que será disputado em 2023, na Austrália e Nova Zelândia, e para as Olimpíadas de Paris, em 2024.

A Copa América 2022 terá transmissão na TV aberta pelo SBT e na TV fechada pelo SporTV. Toda a cobertura da competição você acompanha no site e nas redes sociais do Fut das Minas. 

Diretamente da Bahêa, filha de Iemanjá e jornalista esportiva em ascensão. Faço do futebol meu carnaval em tempo integral. Leonina, simpatizante das câmeras, curto um pagodinho e samba de roda. Estou sempre praticando e falando de esportes. Ou trabalhando, mas não necessariamente com esportes. Ah, eu simplesmente não tenho ideia de como relaxar!
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