Estados Unidos conquistam o bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio

A partida marcou o recorde de maior números de gols na disputa do bronze na história do torneio

A eliminação dramática para o Canadá na semifinal deixou os Estados Unidos fora da decisão das Olimpíadas pela segunda vez seguida. Antes dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, a equipe estadunidense havia chegado a todas as finais da competição, sendo campeã em 4 delas e vice em Atenas, 2004. 

Para os Jogos de Tóquio, era uma das seleções favoritas a disputar o ouro olímpico, mas a medalha que veio foi a de bronze. 

A adversária que disputou o terceiro lugar do pódio com os Estados Unidos foi a Austrália. As equipes já haviam se enfrentado no último jogo da fase de grupos dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Aquela partida ficou empatada em 0 a 0 e o que faltou de gols naquele confronto, sobrou na briga pelo bronze. 

A partida iniciou às 5 horas da manhã desta quinta (05), no horário de Brasília. Logo aos 8 minutos, Megan Rapinoe, melhor jogadora do mundo em 2019, fez seu primeiro gol em Tóquio e foi digno de placa: assim como nas Olimpíadas de Londres, anotou um gol olímpico cobrando escanteio pelo lado esquerdo, abrindo o placar para os Estados Unidos. 

Mas a Austrália não se acuou e contou com o talento da sua melhor jogadora para empatar. Aos 16 minutos da primeira etapa, Sam Kerr recebeu na área, e com imposição física sobre a zagueira estadunidense, conseguiu encaixar o chute para fazer o 1 a 1. 

Mal deu tempo das Matildas comemorarem e dois minutos depois, aos 18, Megan Rapinoe apareceu de novo para fazer o segundo dela e dos Estados Unidos na partida. Em uma bola mal afastada pela zaga australiana, ela sobrou para a capitã estadunidense, que pegou de primeira e ampliou. 

O jogo continuou acirrado, com as duas apostando na velocidade das suas jogadoras e buscando o gol. Quem conseguiu primeiro foi a 10 dos Estados Unidos, Carli Lloyd. Nos acréscimos da primeira etapa, ela recebeu a bola e chutou cruzado sem chance para a goleira australiana, fazendo o 3 a 1. 

As equipes voltaram para o segundo tempo sem alterações. A Austrália buscou sempre encontrar Sam Kerr na área, apostando no talento da atacante para diminuir a diferença e buscar o empate. Mas quem encontrou mais um gol na partida foi Carli Lloyd. 

Depois de receber um presente de Christen Press, que lançou a bola, Lloyd se antecipou e deu um toque na saída da goleira australiana, ampliando para 4 a 1 e dando a falsa impressão que o jogo estava decidido aos 6 minutos da segunda etapa.

Disputa de bola entre as equipes | Foto: USWNT/ Reprodução Redes Sociais

As Matildas não se entregaram e em uma bobeira da zaga estadunidense, Foord recebeu cruzamento na área sozinha, subiu e com a cabeçada perfeita no canto da goleira Franch, diminuiu para a Austrália aos 9 minutos do segundo tempo.

Com chances lá e cá, a partida estacionou no 4 a 2 durante boa parte do segundo tempo. Sam Kerr subiu sozinha e cabeceou, mas viu a bola caprichosamente beijar a trave. Aos 25 minutos da segunda etapa, Lavelle ganhou a disputa de bola e lançou para Carli Lloyd, que recebeu e marcou, mas estava adiantada e foi marcado impedimento. 

No último minuto da partida, Gielnik avançou, limpou a marcação estadunidense e acertou um belo chute de fora da área, diminuindo o placar para 4 a 3 e mantendo viva a esperança do empate e a disputa pelo bronze. 

Mas depois de 4 minutos de acréscimo, que viraram 6 por conta de uma lesão de Alex Morgan, a árbitra apitou o final da partida e os Estados Unidos conquistaram sua sexta medalha em Jogos Olímpicos, a primeira de bronze. Agora são 4 de ouro, 1 de prata e 1 de bronze. 

TRAJETÓRIA DAS EQUIPES EM TÓQUIO

Estados Unidos e Austrália tiveram trajetórias parecidas nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Ambas as equipes estavam no grupo G da fase de grupos e tiveram a mesma campanha: 1 vitória, 1 empate e 1 derrota. 

Seleção Estadunidense comemora após a partida | Foto: USWN/ Reprodução Redes Sociais

A equipe estadunidense se classificou para as quartas de final como a 2ª melhor colocada do grupo G, por conta do saldo de gols, que foi de 2 contra o -1 da Austrália. Já as Matildas ganharam vaga nas quartas por terem feito a campanha de melhor 3º colocado na fase de grupos. 

Os EUA enfrentaram a Holanda e depois de empatar no tempo normal em 2 a 2, garantiram a vaga nas semifinais ao vencer as holandesas nos pênaltis, por 4 a 2. 

Do outro lado, a Austrália alcançou a semifinal após vencer a Grã Bretanha pelo placar de 4 a 3.

As duas equipes que disputaram o bronze foram derrotadas pelo mesmo placar nas semifinais. Os Estados Unidos sofreram uma derrota inesperada para o Canadá por 1 a 0, depois de vinte anos sem perder para as canadenses. Já as australianas perderam para a finalista Suécia pelo mesmo placar. 

Diretamente do interior de São Paulo, da cidade da laranja e das Guerreiras Grenás, saí de Araraquara pra fazer direito no Rio de Janeiro, mas percebi que fiz errado (o curso). Apesar da OAB me considerar advogada, é no jornalismo que eu encontro minha verdadeira missão e nos esportes, a minha verdadeira paixão. Desde pequena, do karatê, passando pelo ballet e finalmente chegando ao futebol, o esporte sempre esteve na minha vida, seja praticando ou acompanhando. E é no futebol feminino que junto minha missão, minha paixão e meu refúgio.
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