Autoras: Bianca Anacleto, Giovanna Beneton e Vitória Soares
A Libertadores Feminina de 2025 tem início no dia dois de Outubro e se encerra no dia 18 do mesmo mês. O torneio será disputado na cidade de Buenos Aires, na Argentina, e dois estádios vão receber os 32 jogos da competição: Estádio Nuevo Francisco Urbano, localizado em Morón, e o Florencio Sola, em Banfield.
Essa será a segunda vez que a Argentina recebe a Libertadores Feminina. A primeira foi a edição de 2020, disputada em março de 2021 devido a pandemia de covid-19, em que a Ferroviária se sagrou bicampeã e contou com a participação de outras duas equipes brasileiras: Corinthians e Avaí-Kindermann.
Em 2025, novamente, três times brasileiros estão na disputa: Corinthians, atual campeão, São Paulo, que disputará pela primeira vez, e Ferroviária.
A competição existe desde 2009 e em 16 edições, apenas três clubes não brasileiros venceram o torneio continental: Colo-colo (2012), Sportivo Limpeño (2016) e Atlético Huila (2018). As demais edições foram todas vencidas por times do Brasil, o que mostra o domínio do país no futebol feminino sul-americano. Sendo que o Corinthians conquistou o título cinco vezes.
Para a edição deste ano, a principal inovação é o uso do árbitro de vídeo (VAR) em todas as partidas. Anteriormente, a tecnologia só era utilizada na reta final da competição. Outra novidade é que a lista de atletas inscritas para a Libertadores aumentou de 20 para 23 jogadoras.
Formato da Libertadores Feminina
Dezesseis times participam da Libertadores Feminina e as vagas são divididas da seguinte forma: Argentina (1); Brasil (2); Bolívia (1); Chile (2); Colômbia (2); Equador (1); Paraguai (2); Peru (1); Venezuela (1); Uruguai (1); campeão da edição anterior e vaga adicional para o país sede. Dessa forma, Brasil e Argentina conquistam uma vaga a mais cada, o primeiro por ter o Corinthians como atual campeão, e o segundo por sediar o torneio.
Os times estão divididos em quatro grupos com quatro equipes. A divisão aconteceu por meio de sorteio realizado no dia quatro de setembro, cerca de um mês antes de iniciar o torneio. Uma das regras do sorteio é que não pode haver times do mesmo país no mesmo grupo.
As equipes se enfrentam dentro de cada grupo, em jogo único, e os dois primeiros colocados avançam para o mata-mata. A fase eliminatória é dividida em quartas de final, semifinal, terceiro lugar e final. Também jogada em partida única e, em caso de empate, decidida nos pênaltis.
O primeiro colocado do Grupo A enfrenta o segundo do Grupo B; o primeiro do Grupo B joga contra o segundo do Grupo A; o primeiro do Grupo C encara o segundo do Grupo D; e, por fim, o primeiro do Grupo D enfrenta o segundo do Grupo C.
Quais os grupos da Libertadores Feminina
Após sorteio realizado na sede da Conmebol, no Paraguai, as equipes ficaram divididas da seguinte maneira:
- GRUPO A: Corinthians (BRA), Independiente del Valle (EQU), Always Ready (BOL) e Santa Fé (COL);
- GRUPO B: Boca Juniors (ARG), Alianza Lima (PER), Adiffem (VEN) e Ferroviária (BRA);
- GRUPO C: São Paulo (BRA), San Lorenzo (ARG), Colo-colo (CHI) e Olímpia (PAR);
- GRUPO D: Deportivo Cali (COL), Libertad (PAR), Nacional (URU) e Universidad Chile (CHI).
Corinthians, Boca Juniors, São Paulo e Deportivo Cali são cabeças de chave. O Corinthians por ser atual campeão, Boca por representar o país-sede e São Paulo e Deportivo Cali por pertencerem a países melhores ranqueados na Conmebol.
Conheça as equipes na Libertadores
Dezesseis times estão na disputa pela “Glória eterna” e as equipes foram divididas em quatro grupos. Conheça os times que estão na competição:
Grupo A: Corinthians, Independiente del Valle, Always Ready e Santa Fé
Um dos grupos mais disputado da Libertadores Feminina de 2025, o atual campeão Corinthians terá pela frente o forte Independiente Del Valle, que cresce ano a ano, e o Santa Fe, reeditando a final da Libertadores de 2024. Além disso, o grupo conta com o Always Ready, equipe que nunca avançou ao mata-mata da competição internacional.
Corinthians
O Corinthians chega para a Libertadores Feminina com o status de time a ser batido. Com oito participações, as Brabas são as maiores vencedoras da América do Sul, com cinco títulos conquistados. As atuais campeãs buscam na Argentina o sexto título e aumentar ainda mais a sua hegemonia no continente.
Apesar do favoritismo, o Corinthians vive um ano de altos e baixos, comparado a outras temporadas. No início, perdeu o título da Supercopa Feminina e caiu nas quartas de final da Copa do Brasil. Em contrapartida, o Timão ganhou o heptacampeonato do Brasileirão Feminino diante do Cruzeiro.
Para a Libertadores, a equipe comandada por Lucas Piccinato conta com o reforço da atacante Ivana Fuso, contratada na reta final do Brasileirão Feminino. Por outro lado, o Corinthians teve uma baixa de última hora. A volante Yaya foi negociada para o PSG quando já estava inscrita na lista da competição, e o clube não conseguiu a liberação para colocar uma substituta. Com isso, o plantel alvinegro terá 22 jogadoras.
A base corinthiana conta com a mescla de experiência com atletas como Lelê, Tamires, Erika, Gabi Zanotti e Andressa Alves, e juventude com Duda Sampaio, Letícia Monteiro, Gi Fernandes e Jhonson.
Elenco: Nicole, Lelê, Kemelli; Letícia Teles, Thaís Regina, Thaís Ferreira, Mariza, Gi Fernandes, Tamires, Juliete, Erika; Ivana Fuso, Vic Albuquerque, Letícia Monteiro, Duda Sampaio e Day Rodríguez; Gisela Robledo, Andressa Alves, Gabi Zanotti, Jaquelina, Jhonson e Ariel Godoi.
Técnico: Lucas Piccinato
Independiente del Valle (Dragonas IDV)
O Independiente Del Valle, garantiu a vaga na Libertadores 2025 após se sagrar bicampeão da Superliga Feminina do Equador. As Dragonas IDV, como são conhecidas, bateram o Liga de Quito com o placar agregado de 3 a 1 na decisão do título.
A equipe equatoriana vai para a sua terceira participação na competição continental. No ano passado, as Dragonas alcançaram a sua melhor campanha ao ficarem em quarto lugar. Na semifinal, elas enfrentaram o Boca Juniors, mas acabaram perdendo para o Santa Fe nas penalidades.
Uma das novidades do Independiente Del Valle para a Libertadores Feminina é a atacante Cecil Aldana. A jogadora foi artilheira do campeonato equatoriano pela Liga de Quito e agora se junta às Dragonas para a disputa.
Elenco: Andrea Vera, Mayerli Rodriguez, Ariana Lomas, Analiz Zambrano, Rosa Miño, Emily Arias, Nayely Bolaños, Kahtya Mendonza, Karen Paez, Yosneidy Zambrano, Hilda Riveros, Ana Paladines, Ivette Fernandes, Karen Litardo, Maritxell Cazares, Yaritza Valencia, Claudia Roldan, Adriana Valenzuela, Naomy Briones e Larissa Nunes.
Treinador: Gustavo Pineda
Always Ready
Atual tetracampeão da Bolívia, o Always Ready disputará pela quarta vez a Libertadores Feminina, querendo quebrar um amargo tabu e melhorar a campanha de outras edições. As Milionárias, como são apelidadas, nunca venceram uma partida da principal competição de clubes da América do Sul. Em nove jogos, foram nove derrotas. Agora, para 2025, a expectativa da equipe boliviana é sair vitoriosa e quem sabe avançar para o mata-mata.
O Corinthians tem sido uma verdadeira “pedra no sapato” do Always Ready. O time brasileiro foi o adversário que as Milionárias mais enfrentaram na Libertadores. Foram três derrotas: duas por 5 a 0 e a última por 6 a 0.
O Always Ready foi ao mercado e se reforçou com três jogadoras que estavam no Sarmiento de Júnin, da Segunda Divisão do Campeonato Argentino: Martina Caffaro, Selena Wilson e Agustina Goncebatt.
Elenco: Paula Valencia, Annly Iglesias, Selin Zurita, Uma Disa Burman, Yoselin Portales, Ilsen Rodriguez, Karla Ticona, Luz Laura, Maria Munera, Hieke Ramos, Yuditza Salvatierra, Ana Rojas, Graciela Calle, Meliza Villarreal, Karen Rodriguez, Ogla Mariscal, Mayli Miranda, Lizbeth, Lilian Suarez e Issela Plata.
Treinador: Julio Cesar Saucedo
Santa Fé
Atual vice-campeão, o Santa Fé quer fazer valer a sua tradição para buscar o título inédito da Libertadores Feminina. Em seis participações, a equipe colombiana ficou em segundo lugar por duas vezes, após perder a final para o Corinthians (2021 e 2024).
As Leonas vêm de um vice-campeonato colombiano ao ser derrotado na decisão pelo Deportivo Cali, que é o outro representante do país na Libertadores Feminina.
Entre os reforços do Santa Fé para a competição estão a atacante Ysaura Viso, a lateral María Nela Carvajal, a zagueira Leury Basanta e a atacante Sara Martinez e a meia Juana Ortegón.
Elenco: Yessica Velásquez, Wendy Martínez, Viviana Acosta, Andrea Pérez, Cristina Motta, Sophia Posada, Maria Nela Carvajal, Leury Basanta, Katherine Valbuena, Katherine Osorio, Mariana Zamorano, Karen Hernádez, Daniela Garavito, Isabella Diaz, Tahicelis Marcano, Mariana Silva, Ana Milé González, Juana Ortegon, Mariana Muñoz, Karla Viancha, Heidy Mosquera, Nikol Rojas e Ysaura Viso.
Treinador: Omar Ramírez
Grupo B: Boca Juniors, Alianza Lima, Adiffem e Ferroviária
Outro grupo com uma equipe brasileira, a Ferroviária terá pela frente as donas da casa, Boca Juniors, que ficaram em terceiro lugar na edição de 2024, o Alianza Lima, que chega para a quarta participação no torneio, e o Adiffem, equipe que tem se desenvolvido no futebol venezuelano.
Boca Juniors
As anfitriãs e únicas representantes da Argentina na Libertadores Feminina querem fazer valer a força de sua casa para quem sabe conquistar um título inédito para o futebol feminino do país. A melhor campanha do Boca Juniors foi em 2022, quando foi vice-campeão diante do Palmeiras.
Na edição passada, as Gladiadoras ficaram em terceiro lugar. Depois de caírem na semifinal para o Corinthians, elas venceram o Independiente Del Valle por 2 a 0 e completaram o pódio daquele ano.
Elenco: Laurina Oliveros, Gabriela Barrios, Julieta Cruz, Vanina Preininger, Eliana Stabile, Carolina Troncoso, Agustina Arias, Andrea Ojeda, Kishi Nuñez, Estefania Palomar, Brisa Priori, Camila Barrios, Eugenia Flores, Mariana Gaitan, Yohana Masagli, Celeste dos Santos, Julieta Martinez, Joaquina Rodriguez, Flavia Benitez e Yuria Sasaki.
Treinadora: Florencia Quiñones
Alianza Lima
O Alianza Lima garantiu o direito de representar o Peru na Libertadores Feminina ao faturar o título nacional de 2024. Será a quarta participação da Blanquiazules na competição sul-americana. Por duas vezes (2021 e 2024), a equipe de Lima chegou às quartas de final.
Para 2025, o Alianza Lima aposta na base que foi campeã peruana e do Torneio de Abertura, no início desta temporada. Além disso, o plantel também foi reforçado com as chegadas de Karol Lins, Joyce Amara, Kaila Gomes e Diana Borges.
Elenco: Maryory Sánchez, María Fernanda Dávila, Neidy Romero, Tifani Molina, Gianella Romero, Alison Reyes, Yomira Tacilla, Grace Cagnina, Kaila Gomes, Mia León,Emily Flores, Rafaela Marques, Silvani Oliveira, Sandy Dorador, Joyce Amara, Allison Azabache, Annaysa Silva, Sashenka Porras, Heidy Padilla, Diana Borges, Adriana Lúcar e Karol Lins.
Treinador: José Letelier
ADIFFEM
O ADIFFEM chega para a sua segunda participação na CONMEBOL Libertadores Feminina em 2025, após conquistar o título da Primeira Divisão Feminina da Venezuela. Fundado em 2020, em Miranda, o clube é uma das equipes mais jovens do torneio continental e já coleciona feitos importantes no cenário nacional. Na campanha do título venezuelano, ficou em segundo lugar no Grupo A, superou o Caracas FC na semifinal e venceu o Deportivo Táchira na decisão.
Em 2024, o time fez sua estreia na Libertadores, mas não conseguiu avançar de fase e perdeu todos os jogos, incluindo uma dura goleada por 8 a 0 diante do Corinthians. Agora, busca um desempenho mais competitivo e chega ao torneio embalada por uma sequência de dez jogos com quatro vitórias, cinco empates e apenas uma derrota.
Sob o comando do técnico Lenin Bastidas, o elenco mescla juventude e nomes experientes, com destaque para a goleira Zhenia Liendo, a defensora Faíola Solorzano e a atacante Génesis Florez, além das promissoras Melanie Chirinos e Estefany Velasquez.
Elenco: Zhenia Liendo, Ashley Pulgar; Faíola Solorzano, Bárbara Sandoval, Sofía Bastidas, Cristina Rivas, Zulaycar Milano, Veronica Silva, Maria Rodriguez, Elianny Salina; Estefany Velasquez, Carmen Payares, Melanie Chirinos, Mariannys Rodriguez; Sabrina Chirino, Génesis Florez.
Treinador: Lenin Bastidas
Ferroviária
Uma das equipes mais tradicionais do torneio, a Ferroviária vai para a sua oitava participação na Libertadores Feminina, com dois títulos, em 2015 e 2020.
O time garantiu vaga na competição ao terminar em terceiro lugar no Brasileirão Feminino de 2024. Sob o comando do técnico Léo Mendes, a Ferroviária chega em bom momento: são quatro vitórias nos últimos cinco jogos, incluindo resultados expressivos sobre Santos, Taubaté e Internacional, pelas quartas de final da Copa do Brasil. A única derrota no período foi para o Palmeiras. No Paulistão Feminino, a equipe ocupa a terceira posição, com 17 pontos, atrás apenas de Corinthians e Palmeiras, e já se mantém no G-4 da competição.
O elenco também mescla experiência e juventude, com a liderança da goleira Luciana e nomes importantes como Micaelly, Raquel e Duda, além de jovens promessas como Dudinha e Julia Beatriz.
Elenco: Luciana, Kati, Monique, Nicoly, Barrinha, Duda Santos, Natalia Vendito, Michelly, Mariana Santos, Amanda Coimbra, Miriam, Mylena Carioca, Julia Beatriz, Rafa Soares, Camila, Maria Eduarda, Raquel, Catty, Fátima Dutra, Fernanda, Sissi, Andressa e Naná.
Treinador: Léo Mendes
Grupo C: São Paulo, San Lorenzo, Colo-colo e Olímpia
O estreante São Paulo está em um grupo muito equilibrado e vai enfrentar equipes com rodagem na competição internacional. Tem pela frente o já campeão da Libertadores Colo-colo, que vive grande fase no futebol chileno, o dono da casa San Lorenzo e o Olímpia, equipe que chega no torneio sem sua principal jogadora.
São Paulo
A equipe paulista vai disputar a Libertadores Feminina pela primeira vez. O time conquistou a vaga ao ser finalista do Brasileirão em 2024, disputando a final contra o Corinthians e, na ocasião, ficando com o vice-campeonato.
Em 2025, o São Paulo iniciou o ano conquistando a Supercopa. A disputa do título foi contra o rival Corinthians e, após um empate em 0x0 no tempo regulamentar, a decisão nos pênaltis foi favorável ao tricolor.
Neste ano, a disputa decisiva com o Corinthians tem sido frequente. No Campeonato Brasileiro, o São Paulo chegou até a semifinal, sendo eliminado pela equipe das Brabas. Já na Copa do Brasil, o triunfo foi tricolor ao vencer o Corinthians por 3×1 nas quartas de final.
O time é comandado pelo treinador Thiago Viana e ganhou reforços para a Libertadores: a chegada das atacantes Millene e Darlene, vindas da Ferroviária. A base da equipe é composta por uma mescla de atletas jovens, como as atacantes Duda Serrana e Isa, e jogadoras mais experientes, como as meio-campistas Camilinha e Aline Milene.
Elenco: Ana Bia, Carlinha, Júlia Barros, Bruna Calderan, Kaká, Yasmin Cosman, Karla Alves, Jéssica Soares, Aline Milene, Maressa, Millene, Camilinha, Darlene, Carol Gil, Giovanna Crivelari, Tatiely Sena, Day Silva, Bia Menezes, Vitorinha, Anny, Isa, Duda Serrana e Robinha
Treinador: Thiago Viana
San Lorenzo
Esta é a terceira vez que o San Lorenzo disputa a Libertadores Feminina. Sua primeira participação foi em 2009 e a última em 2021. Na sua passagem mais recente ficou no grupo do Corinthians, venceu apenas um jogo (1×0 contra o Deportivo Capiatá, do Paraguai) e terminou em terceiro lugar, fora do mata-mata.
A equipe conquistou a classificação para a Libertadores após vencer o Torneo Clausura de 2024. Além da disputa da competição continental em 2025, o time disputa o Campeonato Argentino e a Copa Federal. Na Copa, a equipe chegou até a semifinal, mas foi derrotada por 2×1 pelo New Old Boys. Na primeira parte do torneio local, chamado de Apertura, o San Lorenzo terminou em oitavo lugar com sete triunfos, quatro empates e cinco derrotas.
Para a disputa das três competições, no início do ano o time reforçou o elenco com mais sete atletas: Vanina Preininger, Ichika Egashira, Amalia Peña Nocito, Elizabeth Entraigas, Azul Muzio, Daniela Merelese e Lourdes González.
Elenco: Solana Pereyra, Gisel Vidal, Vanina Preininger, Florencia Coronel, Maricel Pereyra, Juana Fonseca, Rocio Vazquez, Debora Molina, Maria Azul Muzio, Virginia Gomez, Magaly Salinas, Delfina Pafundi, Karen Puentes, Johana Barrera, Lourdes Gonzalez, Daniela Mereles, Sabina Coronel, Amalia Peña, Oriana Gomez, Luciana Zacmon, Ichika Egashira, Elizabeth Entraigas e Katherine Castillo.
Treinador: Franco Bertera
Colo-colo
O time chileno é a sensação do momento. No campeonato nacional, a equipe comandada pela brasileira Tatiele Silveira, não perdeu nenhum jogo em 2025 e, juntando com os números do ano passado, acumula 32 vitórias consecutivas. O número de gols também chama atenção: 162 marcados e apenas seis sofridos nesses mais de 30 jogos. A última derrota da equipe do Colo-Colo foi justamente na Libertadores, quando na edição de 2024 foi vencido pelo Santos por 1×0.
O Colo-colo é a equipe que mais vezes disputou a Libertadores Feminina com 12 participações e o time tem um título. A classificação para a edição de 2025 veio após a conquista do campeonato chileno no ano anterior.
A equipe da treinadora Tatiele Silveira é muito sólida na defesa e eficiente no ataque. Apesar de ter ficado de fora do mata-mata em 2024, quando venceu apenas um jogo na fase de grupos da Libertadores (6×0 sobre o Always Ready, da Bolívia), chega com força e embalado para a disputa em 2025.
Elenco: Ryann Torrero, Camila Martins, Elisa Duran, Angie Yaten, Yastin Jimenez, Yenny Acuña, Yessenia Lopez, Maria Urrutia, Yanara Aedo, Michelle Olivares, Catalina Mellado, Angela Clavijo, Javiera Grez, Anais Cifuentes, Fernanda Hidalgo, Rosario Balmaceda, Mary Valencia, Isabelle Kadzban, Rachel Ramirez, Bernardita Hernandez, Anais Alvarez, Dahiana Bogarin e Isidora Olave.
Treinadora: Tatiele Silveira
Olímpia
A equipe se classificou para a Libertadores de 2025 após ficar com o vice-campeonato nacional no ano anterior. Na edição de 2024 da competição continental, o Olímpia avançou até as quartas de final, mas foi eliminado pelo Corinthians.
O time do Olímpia, no cenário nacional, vem brigando por títulos de maneira disputada com o Libertad. É uma equipe com um poderio ofensivo interessante, tendo marcado 126 gols no Torneio Apertura, e muito organizado defensivamente, sofrendo apenas nove gols na competição local, o que levou o time ao título em 2025.
A principal jogadora do Olímpia, a atacante Claudia Martinez, de 17 anos, não vai disputar a Libertadores com a equipe. A paraguaia estará com a seleção no mundial sub-17, que será disputado no Marrocos no mesmo mês. A jovem foi indicada ao prêmio Kapa, no Ballon D’or, que reconhece as melhores jogadoras sub-23. Martínez não recebeu a premiação, mas o feito foi grande para uma atleta da América do Sul. Além disso, a jogadora fez uma excelente Copa América, dividindo a artilharia com a brasileira Amanda Gutierrez, em que cada uma marcou seis gols na competição.
Elenco: Gloria Saleb, Milagros Rolon, Lorena Alonso, Maria Segovia, Tania Riso, Danna Garcete, Amada Peralta, Celeste Aguilera, Griselda Garay, Nabila Perruchino, Isabel Ortiz, Estefany Vizcuña, Mariana Pion, Agustina Varela, Luz Chamorro, Brisa Acosta, Erika Cartaman, Yanina Gonzalez, Pamela Villalba, Dahiana Rivas, Adalina Flecha, Liz Barreto e Jorgelina Gonzalez
Treinador: Roberto Stegmayer
Grupo D: Deportivo Cali, Libertad, Nacional e Universidad Chile
Grupo sem brasileiros, o favoritismo fica com a equipe do Deportivo Cali, da Colômbia. O grupo conta com o Libertad, que tem um dos melhores ataques no campeonato paraguaio, o Nacional, que chega para a sua sétima participação na Libertadores, e o Universidad Chile, segundo colocado no torneio nacional.
Deportivo Cali
O Deportivo Cali foi campeão do Colombiano Feminino sobre o rival Santa Fé. A equipe conseguiu a conquista nos pênaltis após a partida da final ter terminado em 1×1. Na ocasião, o Cali converteu todas as penalidades e o Santa Fé desperdiçou uma chance, terminando em 5×4.
Em 2024, o Cali chegou até as quartas de final da Libertadores Feminina. Na fase de grupos venceu todos os jogos, avançando em primeiro lugar, e depois foi derrotado pelo Independiente Dragonas por 3×0 e eliminado da competição. A melhor classificação da equipe no torneio foi um quarto lugar em 2022.
Elenco: Luisa Agudelo, Angie Salazar, Lina Arboleda, Ana Fisgativa, Stefania Perlaza, Paula Medina, Belkis Niño, Natalia Hernandez, Andrea Vera, Liceth Cardenas, Michelle Vasquez, Eidy Ruiz, Kelly Caicedo, Melanin Aponza, Paola Garcia, Kelly Ibarguen, Zharick Montoya, Yessica Bermeo e Leidy Cobos.
Treinador: Jhon Alber Ortíz
Libertad
É uma das principais equipes do futebol feminino paraguaio, brigando nos últimos anos com o Olímpia pelo título nacional. Em 2024 foi campeão da Liga Paraguaia Feminina, o que garantiu vaga para a Libertadores deste ano.
Em 2025, o Libertad terminou a Liga em segundo lugar com a mesma pontuação que o Olímpia e o título foi decidido no saldo de gols. O Libertad venceu 19 partidas, empatou duas e perdeu um jogo, marcando 102 gols na temporada.
Participou da edição da Libertadores em 2024 e não avançou da fase de grupos. Terminou em terceiro lugar no grupo A (Corinthians, Boca Juniors e Adiffem) tendo vencido apenas uma partida (1×0 contra o Adiffem).
Elenco: Patricia Lopez, Sandy Salinas, Naomi de Leon, Natalia Genes, Paola Genes, Damia Cortaza, Luisa Talavera, Maria Garay, Liza Larrea, Ramona Martinez, Liz Peña, Vanessa da Veiga, Jennifer Gonzalez, Angelica Vazquez, Lineya Vanegas, Zunilda Coronel, Diana Benitez, Maria Tamay, Nataly Lezcano, Wilma Espinoza, Marta Aguero, Dahiana Osorio e Luz Cardoso.
Técnico: Ariel Ozorio
Nacional
A equipe conquistou a vaga após ser campeão uruguaio em 2024. A última participação da equipe na Libertadores foi em 2023, quando não avançou da primeira fase e não venceu nenhuma partida. O Nacional jogou outras cinco edições do torneio internacional e sua melhor colocação foi em 2021, quando ficou em quarto lugar.
Na temporada de 2025, o Nacional lidera a liga feminina com 10 pontos em quatro jogos. Faltam quatro partidas para o final da primeira fase da competição.
Elenco: Josefina Villanueva, Helena Reja, Manuela Techera, Yaqueline Apraez, Alison Latua, Isabela Cardoso, Joiceane Scatola, Melisa Alfonso, Maytel Costa, María Figueroa, Camila Russi, Cecilia Jourdan, Martina Segovia, Micaela Fitipaldi, Valentina, Cousillas, Valentina Márquez, Hadrielen Gomes, Isabela Pérez, Josefina Félix, Julieta Melogño, Sofía Oxandabarat, Martha Figueredo e Yamila Dornelles
Treinador: Marcel Hauss
Universidad Chile
Esta é a quinta vez que a equipe chega à Libertadores Feminina. A melhor campanha foi na edição de 2020, quando chegou até a semifinal, foi eliminado pela Ferroviária nos pênaltis e ficou com o quarto lugar na disputa de terceiro, sendo derrotado pelo Corinthians. A pior participação foi em 2021, em que a equipe não avançou ao mata-mata.
No campeonato chileno de 2025, o Universidad Chile terminou a primeira fase do torneio em segundo lugar com 65 pontos. A equipe marcou 75 gols e sofreu 21 na temporada, tendo um bom equilíbrio.
Elenco: Oriana Cristancho, Carla Guerrero, Mariana Morales, Emma Gonzalez, Rebeca Fernandez, Denisse Orellana, Franchesca Caniguan, Llanka Groff, Karen Fuentes, Camila Pavez, Daniela Zamora, Monserratt Gonzalez, Su Helen Galaz, Barbara Sanchez, Valentina Navarrete, Naerly Hernandez, Valentina Diaz, Claudia Herrera, Grettel Suazo, Francisca Vargas, Daniela Acevedo, Javiera Cardenas e Isidora Cornejo.
Treinador: Cristóbal Jiménez
Premiação da Libertadores feminina
A competição de 2025 terá uma premiação histórica. Após a edição de 2024 distribuir U$2,95 milhões de dólares (cerca de R$ 15 milhões), a Conmebol decidiu praticamente dobrar os valores: serão U$5,25 milhões de dólares (cerca de R$ 27 milhões) destinados aos 16 clubes participantes. O aumento é de aproximadamente 78% em relação ao ano anterior.
No formato de 2024, todos os times receberam 50 mil dólares pela participação, com premiação adicional apenas para o pódio: US$ 300 mil para o terceiro lugar, US$ 600 mil para o vice e US$ 2 milhões para o campeão. Já em 2025, a distribuição será mais abrangente, com valores intermediários em cada fase: 100 mil dólares para quem cair nas quartas, 150 mil para os semifinalistas eliminados, 350 mil para o terceiro colocado, 750 mil para o vice e 2 milhões para o campeão. A participação segue com 50 mil garantidos.
Mesmo com os valores ainda distantes da Libertadores masculina (que paga 24 milhões de dólares ao campeão e 1 milhão por vitória na fase de grupos), a competição feminina mostra avanços significativos. O reforço nos prêmios representa não apenas mais valorização esportiva, mas também maior capacidade de atrair patrocinadores e ampliar o impacto econômico do torneio.
Maiores campeãs da Libertadores Feminina
O Corinthians consolidou-se como o maior campeão da Copa Libertadores Feminina. Com cinco títulos conquistados (2017, 2019, 2021, 2023 e 2024), o clube mantém 100% de aproveitamento em finais e se tornou a principal potência do continente.
Logo atrás aparece o São José, que marcou época na primeira década da competição. A equipe do Vale do Paraíba levantou três taças (2011, 2013 e 2014).
Santos e Ferroviária dividem a terceira posição, com dois títulos cada. As Sereias da Vila foram campeãs em 2009 e 2010, mas perderam a final de 2018. Já a Ferroviária venceu em 2015 e 2020, mas caiu diante do Corinthians em 2019.
Outros clubes também escreveram seu nome na história. O Colo-Colo, do Chile, campeão em 2012, é o time estrangeiro que mais chegou à decisão (quatro vezes), mas só levantou a taça uma vez. Palmeiras (campeão em 2022 e vice em 2023), Sportivo Limpeño, do Paraguai (2016), e Atlético Huila, da Colômbia (2018), completam a lista de campeões.
Como foi a última Libertadores na Argentina
A Libertadores Feminina de 2020 entrou para a história como a edição mais atípica da competição. Prevista inicialmente para ocorrer em Santiago, no Chile, foi adiada para março de 2021 por conta da pandemia de COVID-19 e transferida para a Argentina. A 12ª edição do torneio organizado pela Conmebol teve como sedes o Estádio José Amalfitani, em Buenos Aires, e o Estádio Nuevo Francisco Urbano, em Morón.
O título ficou com a Ferroviária, que confirmou o protagonismo brasileiro ao conquistar sua segunda taça continental. Sob o comando de Lindsay Camila, a equipe de Araraquara bateu o América de Cali na decisão por 2 a 1, com gols de Patrícia Sochor e Aline Milene. O feito também marcou a primeira vez que uma treinadora mulher levantou a taça, reforçando o caráter histórico da conquista.
No caminho até a final, a Ferroviária eliminou o River Plate e o Universidad de Chile. Além da equipe do interior de São Paulo, Corinthians, que ficou com o terceiro lugar na edição, e Avaí-Kindermann jogaram a competição.
A edição também ficou marcada pelo domínio ofensivo das brasileiras: Grazi e Vic Albuquerque, do Corinthians, terminaram como artilheiras, com sete gols cada.
Com 16 equipes de 10 países em campo, a última Libertadores disputada em solo argentino consolidou ainda mais a hegemonia do futebol feminino do Brasil, responsável por erguer a taça em quase todas as edições da história.
Onde assistir
A Libertadores Feminina, que acontece de 2 a 18 de outubro, terá transmissão de streamings, fast TV e TV fechada. No YouTube, Canal GOAT, Cazé TV, NSports e Meu Timão (só os jogos do Corinthians) vão exibir os jogos, sendo que o GOAT passará as 32 partidas. Na TV fechada, será possível acompanhar a competição pelo SporTV e BandSports. Por fim, a Pluto TV também vai exibir o torneio.
Jogos dos times brasileiros
A estreia do Brasil na Libertadores Feminina acontece no primeiro dia de torneio com Corinthians e Independente Dragonas e Ferroviária e Adiffem. Já o debutante São Paulo joga no segundo dia contra o San Lorenzo. Confira quando os brasileiros jogam na primeira fase:
Corinthians
- 02/10 – 16h – Corinthians x Independiente Del Valle (Dragonas)
- 05/10 – 16h – Corinthians x Always Ready
- 08/10 – 20h – Santa Fé x Corinthians
Ferroviária
- 02/10 – 20h – Adiffem x Ferroviária
- 05/10 – 20h – Alianza Lima x Ferroviária
- 08/10 – 16h – Boca Juniors x Ferroviária
São Paulo
- 03/10 – 20h – São Paulo x San Lorenzo
- 06/10 – 20h – São Paulo x Colo-colo
- 09/10 – 20h – Olímpia x São Paulo
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