Segundo dia com confrontos valendo uma vaga nas quartas de final, e tivemos dois jogos bem disputados. No primeiro jogo da noite, a atual vice-campeã aplicou uma vitória por 2 a 0 na África do Sul, estreando em um mata-mata de Copa. Já no duelo da atual campeã, a Suécia levou a melhor e eliminou os Estados Unidos nos pênaltis. Pela primeira vez, a Seleção Estadunidense ficou fora do top 3 da Copa do Mundo e ainda viu a sua maior estrela, Megan Rapinoe disputar seu último mundial.
Holanda 2 x 0 África do Sul
Atual vice-campeã Mundial, a Holanda enfrentou a estreante em mata-matas, África do Sul. E o resultado melhor para as mais experientes.
Em um dos melhores primeiros 45 minutos da Copa até aqui, nem o primeiro gol holandês logo cedo, aos nove minutos, com a meio campista Jill Roord (o quarto da artilheira holandesa na competição), atrapalhou a intensidade do futebol apresentado pelas duas equipes. Depois que a Holanda abriu o placar, a África do Sul não se intimidou, e com Thembi Kgatlana conseguiu criar boas chances, parando nas mãos da goleira holandesa Van Domselaar.
A África do Sul nem mesmo deixou se abalar ao ter que realizar duas substituições forçadas após Jermaine Seoposenw e Bambanani Mbane se lesionarem ainda no primeiro tempo.
No segundo tempo, a Holanda tentou explorar erros da defesa sul-africana. Aos 23 minutos do segundo tempo, Lineth Beerensteyn marcou o segundo para a seleção holandesa, contando com a falha da goleira africana Kaylin Swart que aceitou a finalização. Além do gol, as holandesas colocaram a bola na rede em duas outras oportunidades no segundo tempo, mas nas duas ocasiões o gol foi anulado por impedimento no lance após verificação no VAR.
A África do Sul continuou tentando a todo custo, mas as chegadas de Kgatlana não foram suficiente para mudar o placar do confronto.
A Holanda agora se prepara para enfrentar a Espanha por uma vaga nas semifinais. A partida será na quarta-feira (10), no Wellington Regional, às 22h (horário de Brasília).
Suécia (5) 0 x 0 (4) Estados Unidos
Na manhã de hoje, Suécia e Estados Unidos se tornou o confronto mais vezes disputado em uma Copa do Mundo Feminina. Até então, eram 4 vitórias dos Estados Unidos, 1 empate e 1 vitória da Suécia. Mas as equipes nunca tinham se encontrado no mata-mata.
E foi a vez da Suécia levar a melhor!
Em um primeiro tempo truncado até a metade da parcial, foram os Estados Unidos que tiveram as melhores chances com Trinity Rodman tendo uma boa atuação, mas já dava indicios que a goleira sueca Zecira Musovic seria difícil de ser batida.
Aos 33 minutos do primeiro tempo, Horan teve a chance do jogo para os EUA, mas a cabeçada parou no travessão.
Segundo tempo, seguiu disputado com os Estados Unidos chegando mais no ataque enquanto Musovic tinha uma apresentação de gala. As estadunidenses tiveram boas chances, mas nada para alterar o zero do placar.
Na prorrogação, uma extensão do tempo regulamentar com as estadunidenses tentando achar o desempate a qualquer custo, mas Zecira Musovic se consagrou como a melhor do jogo fechando o gol.
Penalidades máximas. Bjorn e Blomqvist erraram para a Suécia, mas Rapinoe, Smith e Kelley O’hara também desperdiçaram para os EUA. Lina Hurtig marcou o pênalti que classificou as suecas para as quartas de final. A goleira dos EUA chegou a defender a penalidade, mas após revisão do VAR, foi confirmado que a bola tinha entrado no gol, por muito pouco.
A Suécia agora encara o Japão, na sexta-feira (11), às 04h (horário de Brasília), no Eden Park.
Pior campanha da história e despedida de Megan Rapinoe
A eliminação nas oitavas diante da Suécia marcou a pior participação dos EUA na história da Copa do Mundo Feminina. As tetracampeãs mundiais nunca tinham ficado de fora do pódio da competição. Além das quatro taças, foram um vice-campeonato e três vezes terceiro lugar.
O jogo contra a Suécia também marcou a última partida de Megan Rapinoe com os EUA em Copas do Mundo. Antes do Mundial, a jogadora de 38 anos anunciou que vai se aposentar no fim da temporada de 2023.
Bicampeã mundial com os EUA (2015 e 2019), ela balançou as redes 63 vezes com a camisa estadunidense. Além disso, ela ganhou a Bola de Ouro e o prêmio de melhor jogadora do mundo da Fifa. Rapinoe também se tornou referência pelo seu ativismo social, seja pela igualdade de gênero e racial e também pela população LGBTQIA+.
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