Rápidas, fortes e jovens, essas são características que definem as jogadoras da Zâmbia, terceiro time que a Seleção Brasileira Feminina vai enfrentar nas Olimpíadas de Tóquio.
Número 104ª do ranking da Fifa, a Seleção da Zâmbia é a equipe menos conhecida da técnica Pia Sundhage no grupo do Brasil, mas é uma das mais antigas. Chamada de “The She-polopolo”, a equipe feminina existe desde 1983, quando foi formalmente organizada pela Associação de Futebol da Zâmbia. Desde então, foi criada uma equipe nacional sênior feminina e uma equipe Sub-20.
Com grande apoio, o futebol feminino cresceu na Zâmbia. Em 2009, haviam 100 times femininos para jogadoras maiores de 16 anos e 112 times juvenis, além de uma liga nacional estabelecida no país, juntamente com competições regionais e escolares.
No entanto, assim como no restante do continente, o futebol no continente africano enfrenta problemas que incluem acesso limitado à educação, pobreza, desigualdade e abuso dos direitos humanos femininos.
Mesmo com dificuldades, a seleção feminina da Zâmbia resiste e conseguiu a classificação para as Olimpíadas de Tóquio através do pré-olímpico da África, superando uma das maiores potências do futebol africano, a Seleção de Camarões.
O que esperar das representantes da África
Comandada pelo técnico Bruce Mwap, que está na equipe há 20 anos, a equipe chegará a Tóquio com grande parte do elenco que trabalhou para conquistar a vaga. No geral, são atletas jovens entre 20 e 25 anos, que jogam em times regionais.
No entanto, para as olimpíadas, o time conta com quatro jogadoras que jogam em times estrangeiros: a capitã do time e artilheira da Superliga Feminina Chinesa, Bárbara Banda, que joga no Shanghai Shengli-China, a goleira Hazel Nali, do time Israelita Hapoel Be’er Sheva e Hellen Mubanga, que joga na segunda divisão do clube espanhol CFF Zaragoza.
A Seleção Feminina da Zâmbia foi a única equipe africana a se classificar e será estreante em uma Olimpíada. Mas a jornada olímpica das Copper Queens, como são chamadas, recebeu um impulso do banco comercial da Zâmbia, que doou 112.000 Kwacha zambiano para a equipe se preparar.
Nos jogos preparatórios para as Olimpíadas, a Zâmbia enfrentou o Chile, vencendo por 2 a 1 e a África do Sul, quando perdeu por 3 a 1. Além desses confrontos, também estavam programados amistosos contra Chile, Quênia e Grã-Bretanha, porém os jogos foram cancelados por conta do agravamento da pandemia de coronavírus, assim como o pré-acampamento para Tóquio, que a equipe programou como treinamento para a competição.
Otimismo e confiança
Apesar das dificuldades sociais e da pandemia de Covid-19, as jogadoras da Zâmbia se mostram otimistas e determinadas para se colocar na competição: “Não esperamos nada além do melhor de todos nós, vamos competir não apenas para participar, então vamos trabalhar juntos como uma equipe e vamos fazer melhor, acredito”, disse Mubanga, atacante do time, para a Associação de Futebol da Zâmbia.
Convocadas
Goleiras: Hazel Nali (Hapoel Be’er Sheva), N’gambo Musole (meninas ZESCO), Catherine Musonda (Indeni Rose)
Defensoras: Margaret Belemu (setas vermelhas), Esther Siamfuko (Queens Academy), Agness Musesa, Anita Mulenga, Martha Tembo, Lushomo Mweemba (todos os búfalos verdes), Vast Phiri (meninas ZESCO), Fikile Khosa (setas vermelhas)
Meio Campistas: Mary Wilombe (setas vermelhas), Ireen Lungu (búfalos verdes), Esther Namukwasa (rosas indeni), Susan Katongo (rainhas de ZISD), Avell Chitundu (meninas ZESCO), Hellen Chanda (setas vermelhas)Atacantes: Barbara Banda (Shanghai Shengli-China), Grace Chanda (setas vermelhas), Hellen Mubanga (CFF Zaragoza – Espanha), Rachael Kundananji (BIIK Kazygurt – Cazaquistão) Ochumba Oseke (setas vermelhas)
Agenda da Seleção da Zâmbia na primeira fase dos Jogos Olímpicos:
1ª rodada: Zâmbia x Holanda
21/07 (quarta-feira)- 8h (horário de Brasília) – Miyagi Stadium
2ª rodada: Zâmbia x China
24/07 (sábado) – 5h (horário de Brasília) – Miyagi Stadium
3ª rodada: Zâmbia x Brasil
27/07 (terça-feira) – 8h30 (horário de Brasília) – Saitama Stadium
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