Corinthians e Internacional fazem final inédita no Brasileiro Feminino; veja o retrospecto das equipes

Internacional e Corinthians se enfrentam pela primeira vez na final do Campeonato Brasileiro Feminino. Os dois times se encontram no Beira-Rio, neste domingo (18), às 11h, pelo jogo de ida. Já a partida de volta acontecerá na Neo Química Arena no dia 24 de setembro, às 14h.  

As Brabas vão em busca do tetracampeonato nacional, o tri consecutivo. Além disso, essa é a sexta final consecutiva da equipe no Brasileirão A1. Em contrapartida, o Inter chega a sua primeira final e, assim, tenta sua primeira conquista.

Caminho do timão até a final

Reativado em 2016, inicialmente em parceria com o Audax, o Corinthians Feminino vem acumulando conquistas. São 11 troféus para sua recente galeria de títulos, sendo três Libertadores, três Brasileiros, três Paulistas, uma Copa do Brasil e uma Supercopa do Brasil. Além disso, é reconhecido mundialmente pelo seu projeto e é referência para outros clubes brasileiros. 

No entanto, diferente dos anos anteriores, o Corinthians esbarrou em uma maior competitividade na edição deste ano. Na fase de grupos brigou durante várias rodadas pela liderança e acabou ficando na quarta colocação atrás do Palmeiras, São Paulo e do próprio Internacional, após uma temporada com muitas lesões e performance abaixo do esperado pela equipe.

Mesmo assim, durante o Brasileirão, o Corinthians acumulou 13 vitórias, cinco empates e apenas uma derrota. Além de 42 gols marcados e 13 sofridos. Nas quartas de final, passou pelo Real Brasília vencendo de 3 a 0 no agregado. Enquanto, nas semis, eliminou o Palmeiras, o favorito deste ano, por uma goleada de 4 a 0 no jogo de volta (6×1 no agregado). 

Rodrigo Coca

Caminho do Inter até a final

O Internacional foi reativado um ano após o Corinthians, em 2017, desde então venceu quatro campeonatos gaúchos. Esse ano o time de Maurício Salgado desempenhou sua melhor campanha no Campeonato Brasileiro, ficando em terceiro lugar na fase de grupos, com 10 vitórias, dois empates e duas derrotas. Além disso, elas marcaram 27 gols e sofreram 13. 

Nas eliminatórias, o Internacional enfrentou o Flamengo e venceu por 4 a 2 no placar agregado. Já nas semis, eliminou o São Paulo por 2 a 1 no agregado.

Mauro Horita

Retrospecto

O retrospecto dos dois times não é grande, mas a vantagem é alvinegra. Ao todo, Corinthians e Internacional se enfrentaram quatro vezes desde que as duas equipes  foram reativadas. Dessas quatro, em três o Corinthians saiu com a vitória, e a outra partida ficou no empate. As Coloradas nunca conseguiram vencer as alvinegras. Além disso, foram 14 gols marcados pelo time paulista contra apenas um do Internacional.

A última partida entre os dois foi justamente no Campeonato Brasileiro deste ano. O Corinthians sofreu com a pressão das Gurias Coloradas e o placar terminou em 1 a 1. Agora, elas se enfrentam em busca do troféu, mas além disso, quem vencer leva uma premiação de R$ 120 mil, enquanto a vice-campeã fatura R$ 60 mil. Vale destacar que ambas já estão garantidas na Libertadores Feminina de 2023 e será a primeira participação da equipe gaúcha na competição.

Grande final 

As expectativas são as melhores para a decisão. Os dois jogos serão transmitidos na Band, pela tv aberta, no SportTV, pela tv fechada, além do streaming ElevenSports

As duas torcidas organizaram uma grande campanha para comparecer aos estádios. Do lado das Coloradas, a expectativa é de 40 mil pessoas no Beira-Rio, número de ingressos disponíveis e esgotados para a partida.

Já a torcida corinthiana recebeu o desafio de ultrapassar o público no Beira-Rio e também pretende levar 40 mil pessoas à Neo Química Arena. Para isso, a página @InvasãoPorElas tem feito uma campanha desde que o time chegou a final e o clube abraçou a ideia.

Seja qual for o resultado final, o fato é que quem ganhou foi o futebol feminino que segue conquistando cada vez mais espaço.

Jornalista e 100% paulista. Há quem diga que tem cara de metida, mas quem conhece sabe que não tem frescura. Se deixar faz amizade com a cidade inteira, porque não fica quieta nem por um segundo. Apaixonada por esportes, sonha em se tornar repórter televisiva. Acredita que o jornalismo esportivo é muito mais do que falar de esporte, e a partir dele quer contar histórias.
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