Quais são as seleções favoritas ao título da Copa do Mundo Feminina de 2023?

REUTERS/Denis Balibouse

Falta exatamente um dia para a Copa do Mundo Feminina de 2023. O torneio que vai acontecer na Austrália e na Nova Zelândia conta pela primeira vez com 32 seleções que, na primeira fase, se dividem em oito grupos. De cada grupo, se classificam dois países que jogam as fases de mata-mata até a grande final, no dia 20 de agosto. 

A maior campeã do mundial feminino é a seleção dos Estados Unidos, que busca o pentacampeonato em 2023. Outros países favoritos ao título nesta edição são a Alemanha, França e Inglaterra. Espanha, Canadá e Suécia também são destaques. 

Estados Unidos 

Megan Rapinoe e Alex Morgan. Foto: Franck Fife / AFP

Maior campeã de edições da Copa do Mundo Feminina, com quatro títulos, a seleção americana chega à Copa de 2023 em uma fase menos brilhante que a dos últimos anos, mas ainda com grande preparo, como tradicionalmente se vê no futebol feminino estadunidense. 

As norte americanas venceram a última edição da Copa do Mundo Feminina, em 2019, que aconteceu na França. Depois daquela edição, a técnica bicampeã com a Seleção saiu e Vlatko Andonovski assumiu. Nas Olimpíadas, em 2021, a equipe, favorita, ficou com o bronze. 

No ano seguinte, os Estados Unidos foram campeões da Concacaf Feminina e conquistaram uma vaga nas Olimpíadas de Paris, em 2024. Neste ano, a Seleção foi campeã da She Believes Cup pela sexta vez.

No elenco, os Estados Unidos são a seleção com mais desfalques para a Copa de 2023 e tem cinco jogadoras de peso fora da competição. Ainda assim, há muitos nomes de peso que vão entrar em campo, como Megan Rapinoe e Alex Morgan. 

Inglaterra

Foto: Justin Setterfield

O país passa por uma ascensão do futebol feminino. Recentemente, as inglesas foram campeãs da Eurocopa e venceram a Finalíssima contra o Brasil, em abril deste ano. Além disso, dois times ingleses, Arsenal e Chelsea, foram semifinalistas na última Champions League feminina, o que mostra a evolução do futebol feminino inglês. 

A técnica da Seleção Inglesa, Sarina Wiegman, foi vice-campeã da Copa do Mundo de 2019 comandando a Holanda. Desde que assumiu a Inglaterra, a treinadora só perdeu um jogo. 

A seleção também sofreu com desfalques por lesão antes da Copa e perdeu a atacante Beth Mead e a defensora Leah , peças importantes para o time. Ainda assim, grandes nomes podem ajudar a dar o título inédito ao país, como a meio-campo Keira Walsh, que foi campeã da Champions League Feminina de 2023, com o Barcelona, a zagueira Millie Bright e a camisa 9, Alessia Russo.

Alemanha

Foto: Maja Hitij/GettyImages

Segunda com maior número de títulos, bicampeã de Copas do Mundo, a Seleção Alemã não vive seu melhor momento. Recentemente, no amistoso contra a Zâmbia, em julho, a Alemanha perdeu por 3 a 2. Durante o jogo, uma das atletas mais importantes do grupo, a lateral-esquerda Carolin Simon, rompeu ligamentos do joelho e precisou ser cortada. A zagueira Giulia Gwin é outro desfalque. 

A Alemanha também perdeu o amistoso contra a Seleção Brasileira, em abril deste ano, em um jogo que teve amplo domínio brasileiro. Dos últimos cinco amistosos que as alemãs participaram, elas venceram apenas dois. 

Mas quando se trata de Mundiais, a Seleção Alemã tem história. Dos oito realizados, a seleção ficou entre as quatro melhores em cinco edições e sempre chegou pelo menos às quartas de final. Na última Eurocopa, em 2022, a Alemanha foi vice-campeã. O grupo conta com nomes de peso como Alexandra Popp, que foi a atacante mais letal da Eurocopa, Lena Oberdorf  e Svenja Huth, que atuam pelo meio-campo.

França

A Seleção Francesa chega à Copa do Mundo para tentar disputar sua primeira final. As francesas não perdiam desde julho do ano passado, quando foram eliminadas da Eurocopa pela Alemanha. Mas, neste último final de semana, a França perdeu um amistoso para a Austrália, já na preparação para a Copa do Mundo, por 1 a 0. 

A França está no grupo do Brasil e é um dos maiores desafios da Seleção Brasileira na fase de grupos. Na Copa do Mundo de 2019, foram as francesas que eliminaram o Brasil nas oitavas de final.

O técnico Hervé Renard assumiu a Seleção depois que a antiga treinadora,  Corinne Deacon, foi demitida a quatro meses do Mundial. É a primeira vez que Renard comanda um elenco feminino. Em 2022, ele comandou a Seleção da Arábia Saudita no Qatar. 

O elenco conta com o retorno da volante Amandine Henry, veterana na Seleção. 

Espanha, Canadá e Suécia também podem se destacar

Alexia Putellas / Foto: Getty Images

As três seleções correm por fora, mas podem se destacar durante a Copa do Mundo de 2023 e até mesmo sonhar com uma possível final. 

A Espanha tem um bom trabalho de base e é bicampeã mundial sub-17 e chegou à final das duas últimas edições da Copa do Mundo sub-20. O elenco titular tem em Alexia Putellas, duas vezes eleita a melhor jogadora do mundo, o maior potencial. 

A Suécia é a terceira seleção no ranking da Fifa, nunca foi campeã do Mundial, mas já foi vice e tem três terceiros lugares. Nas últimas Olimpíadas, levou a medalha de prata. 

A Seleção Canadense foi ouro das Olimpíadas de Tóquio e, assim como os Estados Unidos, tem tradição no futebol feminino. A veterana Christiane Sinclair vai para a sua sexta Copa do Mundo representando o país. A atacante de 40 anos marcou em cinco Copas do Mundo e se igualou à Marta. 

Nesta semana, o Canadá venceu a França no último amistoso antes da estreia no Mundial por 1 a 0. 

Jornalista formada pela UFPR, amo futebol. Me encantei pelo futebol feminino e não parei mais de escrever sobre. Gosto de tudo o que o jornalismo esportivo me proporciona e amo o que faço.
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