Na noite deste sábado (21), Palmeiras e Corinthians entraram em campo no estádio Olímpico Pascual Guerrero, em Cali, para a decisão inédita e histórica da Libertadores Feminina. As Palestrinas, atuais campeãs, buscavam o bicampeonato, já as Brabas queriam se isolar como o maior clube vencedor da competição.
Em um Derby tenso do início ao fim, o Corinthians aproveitou melhor as chances que criou e abriu o placar com Millene. O Palmeiras tentou o empate, mas não foi o suficiente, mesmo com uma jogadora a mais, em boa parte do segundo tempo.
Primeiro tempo
O começo da partida foi tenso e bem disputado, digno de um Derby e de uma final de Libertadores Feminina. No entanto, o Corinthians conseguiu se sair melhor e aproveitar os erros que o Palmeiras apresentou ao longo da primeira etapa.
Aos 13, Gabi Portilho foi puxada dentro da área e a árbitra marcou a penalidade. Vic Albuquerque foi para a cobrança, deslocou a goleira, mas mandou a bola na trave.
Depois, aos 30, o time alvinegro abriu o placar. Em uma boa jogada, Milene lançou a Gabi Portilho na intermediária em velocidade, que pelo lado direito, cruzou a bola para trás para a própria Milene, que finalizou de primeira para o gol.
No lance seguinte, o Palmeiras quase chegou ao empate com Amanda Gutierres. A camisa oito alviverde finalizou na entrada da grande área, passando perto da trave defendida pela Lelê.
Aos 39, o Corinthians teve mais uma boa chegada com Gabi Portilho pela direita. A atacante passou para Vic Albuquerque que chegou finalizando forte, mas a goleira do Palmeiras conseguiu fazer a defesa à queima roupa. No entanto, o lance foi invalidado porque Portilho estava impedida no começo da jogada.
Segundo tempo
A metade final da partida foi de mais domínio do Palmeiras que pressionava em busca do empate. As Palestrinas ocupavam mais o seu campo de ataque, mas tinham dificuldades em dar efetividade nas jogadas.
A melhor chance alviverde veio aos 13 minutos. Bia Zaneratto limpou bem da marcação, puxou para dentro, e chutou de fora da área no meio do gol, para a defesa da goleira Lelê.
O decorrer do jogo foi ficando mais tenso, com muitas faltas para os dois lados. Aos 21, Tarciane foi expulsa após cometer falta no meio-campo e receber o segundo cartão amarelo, deixando o Corinthians com uma a menos.
Com a vantagem numérica, o Palmeiras pressionou mais. Yamila Rodríguez arriscou uma finalização de fora de área, obrigando Lelê a mandar a bola para escanteio.
As Palestrinas seguiam no ataque, enquanto as Brabas se fechavam e tentavam segurar a pressão adversária. Nos acréscimos, Lelê fez uma bela defesa em um chute perigoso de Katrine.
O Palmeiras continuou em busca do empate. Duda Santos chutou e Andressa tirou quase em cima da linha. Depois, Bia Zaneratto tentou um chute de cobertura, mas a goleira alvinegra conseguiu defender. Mesmo com a pressão, o Corinthians segurou o resultado e garantiu a vitória e o título da Libertadores Feminina.
Maior campeão
Com o título deste ano, o Corinthians se tornou o clube que mais conquistou a Libertadores Feminina com quatro títulos (2017, 2019, 2021 e 2023). Em seguida, vem o São José com três taças levantadas (2011, 2013 e 2014).
A última dança de Arthur Elias
O tetracampeonato na Libertadores Feminina também marcou o fim da era Arthur Elias sob o comando do Corinthians. Agora, o técnico vai se dedicar integralmente à Seleção Brasileira.
Arthur Elias assumiu o Corinthians em 2016. De lá para cá, foram 16 títulos, 258 vitórias, 44 empates e 25 derrotas.
