Na tarde desta terça-feira (1), horário de Melbourne, na Austrália, aconteceu a coletiva de imprensa oficial da FIFA, antes da partida entre Brasil x Jamaica, válida pela fase de grupos da Copa do Mundo feminina.
Marta foi quem esteve presente junto com a técnica Pia Sundhage, para responder as perguntas dos jornalistas que estão acompanhando a Seleção Brasileira no Mundial da Austrália e Nova Zelândia.
Às vésperas da partida decisiva, a camisa 10 da Seleção Brasileira falou sobre o foco para o jogo contra a Jamaica e disse estar pronta para entrar em campo. “Não sei se consigo jogar os 90 minutos, isso vai depender dela (Pia), mas estou 100% preparada para jogar o quanto for preciso.”
Foco na classificação
O Brasil entra em campo diante da Jamaica só com um objetivo: vencer. Apenas a vitória classifica a Seleção para a próxima fase da Copa do Mundo. Apesar do fantasma da derrota contra a França ainda perturbar a torcida, para Marta já é passado.
A gente viu que muitas ficaram abaladas, mas a gente tem um grupo forte, e é nessas horas que a gente tem que mostrar que nada acabou. Sao situações que a gente tem que ser forte e reverter, então, tivemos uma conversa, o jogo da Franca pra gente já é passado e agora o foco é total na Jamaica, por que a gente tem total condições de fazer um grande jogo amanha e se classificar.
Marta na Coletiva de Imprensa
Última Coletiva?
Questionada sobre a possibilidade de uma eliminação e desta poder ser sua última coletiva em uma Copa do Mundo, Marta fez questão de afastar qualquer ideia pessimista. “Eu não tava nem pensando nisso, acredita? Minha cabeça tá tão focada em amanha, no jogo, que eu não pensei que podia ser minha ultima coletiva numa Copa do Mundo. Porque nao vai ser, porque vamos vencer o jogo amanha“.
Legado
Outro ponto que não ficou de fora da coletiva com a rainha foi a sua trajetória e legado. Marta foi perguntada se tem noção do seu legado e de como sua trajetória marcou o futebol feminino, e foi aqui que a estrela da Seleção não conteve as lágrimas.
A gente tem noção de tudo que a gente vem construindo durante a carreira inteira, mas, eu não costumo focar muito na Marta, em mim. Eu costumo focar no todo, no que a gente vem fazendo, evoluindo. Sabe o que é legal? Quando eu comecei a jogar eu não tinha ídolo no feminino, vocês não mostravam jogos do feminino. Como que eu ia ver? Como que eu ia entender que eu poderia chegar a Seleção, me tornar uma referência? Hoje a gente sai na rua e umas pessoas param, os pais param e falam: ‘a minha filha te adora, ela quer ser igual a você.’ E não é só com a Marta, é com outras atletas também, então hoje nós temos as nossas próprias referências.“
Uma Copa por todas
A atacante brasileira, seis vezes melhor do mundo, também respondeu sobre a dedicação das mais novas para buscar uma Copa do Mundo para ela, assim como os argentinos fizeram com Messi. “Eu fico feliz, fico muito feliz em ouvir isso das meninas, que querem ganhar por mim. Mas elas tem que ganhar por elas também, ganhar por todas. Essa copa nao é só sobre mim. Essa Copa é por todas nós.”
Decisão nesta quarta-feira
O Brasil enfrenta a Jamaica nesta quarta-feira (2) às 8h (horário de Brasília), com transmissão ao vivo pela Globo, Sportv, Café TV e FIFA+.
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