Disputando sua terceira Copa do Mundo Feminina, a Espanha conquistou nesta terça-feira (15) diante da Suécia, sua primeira vaga em uma final no mundial. Até então, a melhor participação no torneio foi em 2019, quando chegou até as oitavas de final. Antes, em 2015, a Seleção Espanhola ficou na fase de grupos.
Caso levante a taça da Copa do Mundo Feminina 2023, a La Roja se junta ao Japão que até agora é a única seleção a conquistar títulos mundiais nas três categorias: sub-17, sub-20 e principal.
Se na categoria principal, a Espanha ainda não está acostumada a disputar finais, nas categorias de base a história é diferente. Nos últimos anos, a equipe espanhola se consolidou como uma das forças das competições de base. O país é bicampeão mundial no Sub-17 (2018, 2022), campeão no Sub-20 (2022) e vice em 2018.
Renovação
Os bons resultados nas categorias de base se refletem na equipe principal. A Espanha tem o grupo mais jovem dessa Copa do Mundo, com a idade média das jogadoras em 25,7 anos.
Alguns nomes que estão jogando na Austrália e Nova Zelândia já tiveram experiências em competições mundiais de base. A goleira Cata Coll foi campeã do mundo Sub-17 e vice no Sub-20. Aitana Bonmatí e Ona Batle também estiveram no time que conquistou o vice-campeonato Sub-20 em 2018. Salma Paraluello e Eva Navarro também levantaram as taças do Sub-17 e também do Sub-20 em 2022.
A estrela de Paraluello
Salma Paraluello, de 19 anos, tem sido a grande estrela da Espanha nesta edição do mundial. Ela não é a titular do time comandado por Jorge Vilda, mas se tornou uma peça chave quando o ataque espanhol precisava ser mais incisivo.
Nas quartas de final contra a Holanda, quando o jogo estava em 1 a 1, a jovem atacante entrou faltando nove minutos para o fim da prorrogação e marcou um golaço que garantiu a vitória e vaga na semifinal.
No jogo contra a Suécia, na semi, a história quase se repetiu. Em meio a uma partida truncada, onde a Espanha criava, mas não conseguia trazer grandes perigos, o técnico espanhol sacou Alexia Putellas, atual melhor jogadora do mundo e trouxe Paraluello. E não demorou muito para a atacante marcar o gol dela no jogo e abrir o placar para a Seleção Espanhola, que depois selou a vitória e a vaga na grande decisão.
Com dois títulos nas categorias de base, agora, a jogadora do Barcelona – que até o ano passado se dividia entre o atletismo e o futebol – tem a chance de completar a tríplice coroa com tão pouca idade.
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