A decisão pelo título do Brasileirão Feminino de 2024 começa neste domingo (15). A bola rola às 10h, no Morumbi, para o jogo de ida da final entre São Paulo e Corinthians, que disputam quem sai na frente na briga pelo troféu.
No histórico do clássico Majestoso, as Brabas têm ampla vantagem, tendo vencido dez jogos enquanto as tricolores venceram quatro – e empataram uma vez. Neste ano, o Corinthians venceu os dois confrontos que disputaram e a última vitória tricolor sobre o rival pelo Brasileirão foi em 2020, pela 4ª rodada, com gols de Gláucia e Duda Francelino.
Brabas e Tricolores no Brasileirão Feminino 2024
As Brabas chegam à sua oitava final de Brasileirão Feminino, buscando o hexacampeonato. A chegada de Lucas Piccinato trouxe dúvidas sobre se o time conseguiria manter o excelente desempenho que tinha com Arthur Elias, atualmente na Seleção Brasileira. Em números, pode-se dizer que sim, embora hajam muitas críticas em relação ao futebol apresentado.
O Corinthians terminou a primeira fase em primeiro lugar e manteve a invencibilidade até a 13ª rodada, quando sofreu uma derrota histórica para o Cruzeiro por 7 a 2, o único revés da equipe no campeonato, que somou 13 vitórias e um empate.
Ainda, teve o melhor ataque, com 40 gols marcados, e a quarta melhor defesa, com 17 sofridos – não fosse a goleada cruzeirense, seria a segunda defesa menos vazada. No mata mata, marcou mais seis e levou mais quatro nos jogos contra Bragantino e Palmeiras.
Por outro lado, o São Paulo iniciou a temporada com um trabalho já consolidado de Thiago Vianna, que levou as Tricolores às semifinais no ano anterior. A campanha de 2024 foi melhor em todos os aspectos, terminando a primeira fase na terceira colocação com nove vitórias, três empates e três derrotas.
Com 35 gols marcados e apenas nove sofridos, foram o segundo melhor ataque (empatado com o Palmeiras) e a melhor defesa. No mata mata, contra Grêmio e Ferroviária, marcaram mais quatro e sofreram mais três.
Artilheiras e garçonetes
Com mais de 100 gols com a camisa alvinegra, Vic Albuquerque é a artilheira do Corinthians com 11 tentos, podendo ainda chegar à liderança da artilharia do Campeonato se balançar as redes mais quatro vezes (Amanda Gutierres, do Palmeiras, tem 15).
A atacante marcou dez gols como titular e um após sair do banco de reservas. Além disso, dois de seus gols garantiram a vitória corintiana – um deles contra o Bragantino, pelas quartas de final, que garantiu também a classificação.
Atrás dela vem Jheniffer com sete gols, sendo quatro como reserva, se mostrando uma arma poderosa no elenco de Piccinato. Do lado do São Paulo, o destaque é Ariel Godoi, que marcou seis vezes na competição e é a artilheira do time. Dois de seus gols foram decisivos para o tricolor, sendo um na vitória sobre a Ferroviária no jogo de ida da semifinal.
A atacante Dudinha viria atrás dela com cinco gols, mas está na Colômbia com a Seleção Sub-20 para a disputa da Copa do Mundo e não jogará a final.
Para a bola chegar até o fundo das redes, é preciso jogadoras talentosas que alimentem as artilheiras. Em campo, Camilinha, do São Paulo, será a atleta que mais deu passes para gol, com seis assistências, seguida por Duda Sampaio, meia do Corinthians, com quatro. Tamires possui o mesmo número que a companheira de time, mas não disputará a decisão em virtude de uma lesão sofrida nas Olimpíadas de Paris.
Anfitrião soberano e visitante indigesto
O jogo de ida será no Morumbis, casa do São Paulo, no próximo domingo (15) às 10h. Embora não tenha disputado seus jogos no estádio durante o Brasileirão Feminino, as Tricolores tiveram um ótimo desempenho quando jogaram perto de sua torcida.
Das dez partidas, foram sete vitórias, dois empates e apenas uma derrota. No entanto, o time terá que lidar com um visitante brabo, que perdeu somente uma vez longe de casa, vencendo sete vezes e empatando uma.
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