Quem acompanha as notícias do futebol feminino diariamente, se deparou com uma situação de desorganização nesta terça-feira. As Sereias da Vila, equipe feminina do Santos, desembarcou em Manaus no início da madrugada e se dirigiu ao hotel destinado à hospedagem. O problema é que ao chegar, a equipe foi informada de que o check-in só poderia ser feito no dia seguinte, como constava no contrato entre a Pallas (empresa contratada pela CBF e responsável pela logística do Campeonato Brasileiro), e o Hotel Intercity.
Toda a situação foi exposta no instagram da técnica Emily Lima, que já comandou a seleção brasileira, e é conhecida por reivindicar constantemente melhores condições para a modalidade no país. Além dessa questão, Emily também denunciou a organização do campeonato Sub-18, que possibilita as atletas apenas 24 horas de descanso entre os jogos, além de citar casos pontuais de clubes que sofrem com a falta de investimento.
Situações como essa deixam clara a urgência necessária para sanar problemas mais sérios no Futebol Feminino Brasileiro.
Entenda o passo a passo da situação em Manaus:
Após o incidente, o clube se pronunciou dizendo que tinha resolvido a situação com um empresário local que teria se sensibilizado com a situação das atletas, que até o devido momento dormiam na recepção do hotel, após enfrentar um vôo com escalas. O gerente de futebol feminino do Santos, Alessandro Rodrigues, disse em entrevista ao GE Amazonas, que o desabafo de Emily nas redes sociais não tem ligação direta com o clube. O gestor associou o fato a um reflexo de cansaço da viagem.
A CBF também se pronunciou em nota oficial. Confira abaixo.
A delegação do Santos desembarcou em Manaus às 23h10 desta segunda-feira (15) para o jogo contra o Iranduba pelo Brasileiro Feminino A-1, marcado para 20h desta quarta (17), na Arena da Amazônia. Assim que chegou ao hotel designado (0h05 de terça), foi informada que o check-in só poderia ser feito no início da manhã. Um agente de viagens local, parceiro da CBF, resolveu o problema e conseguiu outro hotel, para onde a equipe seguiu 50 minutos depois (0h55). A confederação lamenta o episódio e está cuidando para que não seja repetido.
A CBF esclarece ainda que os 25 integrantes da delegação do Santos, que, seguindo o regulamento, têm as passagens pagas pela entidade, viajaram no mesmo voo para Manaus. O Santos emitiu passagens extras, pagas pelo clube, para pessoas que embarcaram em outro avião. A organização do campeonato busca sempre as melhores condições para a viagem das equipes. Eventuais conexões e esperas em aeroportos devem-se às possibilidades da malha aérea do país.
Após a resolução, a Emily Lima gravou novos vídeos informando como tinham resolvido tudo, e apontando ainda a logística de retorno da equipe a São Paulo, com horários apertados e pouco tempo de descanso. O Santos enfrenta o Iranduba, equipe local, nesta quarta-feira, às 20h, na Arena da Amazônia. Os ingressos custam R$20 inteira e R$10 meia.