Está chegando a hora. Espanha e Inglaterra se enfrentam na final da Copa do Mundo Feminina 2023 e definem quem se consagra com o título inédito na Oceania. O jogo será disputado no domingo (20), às 7h (de Brasília), no Accor Stadium, em Sydney.
A Espanha chegou a final após derrotar Suécia por 2 a 1 na semifinal. Já a Inglaterra, deixou para trás as donas da casa, aplicando 3 a 1 na Austrália para garantir a presença na decisão.
O terceiro lugar foi decidido então entre Suécia e Austrália, no sábado, às 5h, no Suncorp Stadium, em Brisbane. Na ocasião, as suecas levaram a melhor vencendo as donas da casa por 2 a 0.
O confronto final reúne duas seleções que alcançam a grande decisão pela primeira vez.
Essa Copa é somente a terceira participação da Espanha em um Mundial feminino. Em 2015, foram eliminadas na fase de grupos, em 2019 caíram nas oitavas para o eventual campeão, os Estados Unidos.
Mas a presença espanhola na final coroa um ciclo de crescimento do futebol feminino espanhol. A Espanha é a atual campeã mundial das categorias sub-17 e sub-20. Possui um dos melhores times do mundo e atual campeão da Europa, o Barcelona. Não à toa, 7 das 11 jogadoras titulares pela Espanha na semi atuam no clube catalão.
Já com a Inglaterra, a final inédita mostra a evolução e a seriedade tida com o futebol feminino dentro do país. A seleção inglesa está em sua sexta participação no torneio e a melhor campanha até aqui havia sido um terceiro lugar em 2015. Em 2019, terminaram em quarto lugar. Além disso, a Inglaterra possui uma das principais ligas do futrbol feminino nos últimos anos, a Women Super League (WSL).
Histórico do confronto
As duas seleções nunca antes se encontraram na Copa.
O último encontro em um grande torneio entre os países foi na Eurocopa de 2022, nas quartas de final. Na ocasião, a Inglaterra levou a melhor por 2 a 1 com gols de Ella Toone e Georgia Stanway e seguiu seu caminho rumo ao título europeu.
No total, Inglaterra e Espanha se enfrentaram 11 vezes antes dessa final da Copa do Mundo Feminina. As Lionesses ganharam seis jogos. Enquanto a Espanha venceu apenas duas e outros três encontros foram empates.
O caminho das seleções na Copa do Mundo Feminina 2023
Espanha
Com grandes nomes que chamam a atenção, como o de Alexia Putellas, Aitana Bonmatí e Jenni Hermoso, a Seleção Espanhola chegou como uma das favoritas, mas com um porém, o técnico Jorge Vilda. No ano passado, algumas jogadoras da seleção realizaram uma espécie de boitcote contra o treinador. Segundo elas, as atividades passadas por Vilda eram defasadas e não levariam a equipe a lugar nenhum. Alguns nomes como o da zagueira Mapí e meio-campista Patri Guijarro não retornaram a equipe após a decisão da federação Espanhola de manter Vilda no cargo.
Conseguindo manejar a situação conturbada entre jogadoras e comissão técnica, a Espanha aterrissou na Nova Zelândia e conseguiu apresentar ótimas atuações em campo.
A equipe comandada por Jorge Vilda iniciou a campanha com uma vitória tranquila sobre a Costa Rica por 3 a 0. Venceu a Zâmbia sem muitos problemas com uma goleada por 5 a 0. Na disputa pelo primeiro lugar do grupo C, a Espanha enfrentou seu maior desafio contra o Japão. Em um jogo muito aquém, as finalistas foram derrotadas pelas japonesas por 4 a 0.
Em segundo lugar do grupo, se recuperando do revés contra o Japão, nas oitavas de final a Espanha passou pela Suíça fazendo 5 a 1. Nas quartas, contra a Holanda, precisou da prorrogação e um gol brilhante de Salma Paralluelo para avançar de fase.
Na semifinal, eliminou a Suécia por 2 a 1 e conquistou a vaga na grande final.
Foram seis jogos até aqui, com cinco vitórias e uma derrota. É o time do melhor ataque na competição, com 16 gols marcados e 7 sofridos.
Pela Espanha, a meio campista Aitana Bonmatí é um dos nomes a se destacar. Campeã da Europa pelo Barcelona, Aitana é um possível nome para o prêmio de melhor jogadora do torneio. A Espanha também tem uma das candidatas a melhor jogadora jovem: Salma Paralluelo, de apenas 19 anos, brilhou nos momentos decisivos para as espanhola, com gol nas quartas de final e na semifinal.
Inglaterra
Não é surpresa que a campeã da Eurocopa chegaria longe nessa Copa. Sob o comando de Sarina Wiegman são 38 jogos: 30 vitórias, 7 empates e somente 1 derrota.
A trajetória da Inglaterra na Copa do Mundo começou no grupo D ao lado de Haiti, China e Dinamarca. Logo no primeiro jogo, uma surpresa, um jogo pegado e difícil para a seleção inglesa contra a seleção do Haiti. Com um pênalti sofrido, as inglesas venceram pelo placar mínimo de 1 a 0 com a cobrança de Georgia Stanway.
Em seguida, a Inglaterra venceu a Dinamarca por 2 a 1 e depois teve a melhor atuação da campanha na fase de grupos contra a China, uma goleada por 6 a 1, que garantiu o primeiro lugar do grupo às Lionesses.
Nas oitavas de final, enfrentaram a Nigéria, quando as inglesas estiveram bem perto de voltar para casa. Um 0 a 0 no tempo regulamentar, com direito à expulsão de Lauren James, uma das principais jogadoras da seleção até ali no torneio, a Inglaterra contou com a sorte nos pênaltis para avançar de fase.
As Lionesses passaram pela Colômbia com uma vitória por 2 a 1 pelas quartas de final. E na semi eliminaram a Austrália dentro de casa com uma atuação avassaladora na vitória por 3 a 1.
A seleção da Inglaterra conta com um coletivo excepcional. Lauren Hemp, Alessia Russo, Alex Greenwood, Ella Toone, Mary Earps são vários os nomes que contribuíram com essa campanha histórica das atuais campeãs da Europa.
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