Sarina Wiegman é a primeira treinadora a chegar em finais de Copa do Mundo Feminina com duas seleções diferentes

Getty Images/Mark Metcalfe

Depois de vencer a Austrália e se classificar pela primeira vez em uma final da Copa do Mundo Feminina, agora, a Inglaterra segue em busca do título mundial. O principal nome da campanha inglesa nesta Copa tem sido o da técnica Sarina Wiegman. A holandesa está à frente das Lionesses desde 2021, e em pouco tempo, ela conseguiu transformar o time inglês que conta com grandes jogadoras e trazer conquistas importantes como o título da Eurocopa de 2022 e o da Finalíssima Feminina.

Além de ter a chance de colocar a Seleção Inglesa na prateleira mais alta do futebol feminino mundial, Sarina também está tendo a oportunidade de cravar mais ainda seu nome na história da modalidade. A holandesa é a primeira treinadora a chegar em duas decisões de Copa do Mundo com seleções diferentes. Em 2019, ela disputou a final comandando a Holanda, e agora, em 2023, ela chega a mais uma decisão, mas com a Inglaterra. 

Sarina também é a única entre homens e mulheres a ganhar por três vezes o prêmio de melhor treinadora do mundo do Prêmio The Best da FIFA. Ela foi eleita na categoria feminina em 2017, 2020 e 2022.

Sarina Wiegman recebendo o prêmio de melhor treinadora em 2022. Foto: Aurelien Meunier/Getty

Trajetória 

Sarina Wiegman começou a sua carreira de treinadora em 2003, quando se aposentou dos gramados. Ela comandou as equipes holandesas Ter Leede e ADO Den Haag. Em 2014, Wiegman assumiu o cargo de gerente assistente da Seleção Holandesa Feminina. Em 2016, ela tirou a sua licença como treinadora e foi a primeira a treinar um time de futebol profissional holandês.

Já sob o comando definitivo Holanda, em 2017, Sarina conquistou o título da Eurocopa Feminina. Depois, na Copa do Mundo Feminina da França, em 2019, ela levou à Seleção Holandesa a um inédito vice-campeonato mundial.

Sarina Wiegman levou à Holanda em sua melhor campanha em Copas do Mundo Feminina. Foto: Getty Images

Então, em 2020, a Federação Inglesa anunciou que Sarina comandaria as Lionesses a partir de 2021, quando o contrato do técnico Phil Neville encerrasse. Com uma liga de clubes já consolidada, o objetivo de trazer a técnica holandesa era de tornar a Inglaterra uma grande potência da modalidade. 

Antes de assumir a equipe inglesa, Wiegman disputou as Olimpíadas de Tóquio com a Holanda. No entanto, o time acabou sendo eliminado nas quartas de final. 

Transformando a Inglaterra 

Em 2021, ela finalmente assumiu a Seleção Inglesa e deu uma nova cara ao time. Com grandes talentos individuais, como Leah Williamson, Keira Walsh, Beth Mead, Lauren James e entre outras jogadoras, Wiegman fortaleceu o jogo coletivo das Lionesses, tornando um time muito competitivo, difícil de ser batido. 

Em sua primeira competição com a Inglaterra, ela conquistou o título da Eurocopa de 2022, em Wembley. Esse foi o primeiro título da Seleção Inglesa, entre homens e mulheres, desde a Copa do Mundo de 1966. 

A técnica holandesa com o troféu da Eurocopa Feminina 2022 conquistado pela Inglaterra. Foto: Danny Lawson/PA

Agora, na Austrália e Nova Zelândia, ela comanda a Inglaterra na busca de um título inédito em Copas do Mundo Feminina. Em seis participações no torneio, a melhor campanha do time inglês foi em 2015, quando ficou em terceiro lugar. 

Até antes da Copa do Mundo na Oceania, a Inglaterra sob o comando de Sarina, tinha uma invencibilidade de 36 jogos, somando 31 vitórias e quatro empates, marcando 148 gols e sofrendo apenas 14. No entanto, em um amistoso disputado em abril, a Austrália se tornou o único time a quebrar essa marca ao vencer as inglesas por 2 a 0. 

Mas a revanche veio logo depois, na casa das Matildas. Na semifinal da Copa do Mundo, a Inglaterra venceu a Austrália por 3 a 1, no Olímpico de Sydney, eliminando as anfitriãs diante de mais de 75 mil torcedores e ficando mais perto do tão sonhado título mundial, uma taça que falta não só para as Lionesses, mas também para o currículo pesado de Sarina Wiegman. 

Paulista em terras paraibanas, jornalista em formação e apaixonada por esportes desde pequena. Tinha o sonho de ser nadadora profissional, mas como não deu certo, encontrei no jornalismo uma chance de continuar a viver o esporte de perto. Seja no trabalho, na faculdade, em casa, com amigos, estou sempre falando, assistindo ou pensando sobre futebol, e também um pouquinho sobre F1. Além disso, gosto muito de sair para comer ou beber, ir ao cinema. E também de ficar em casa, assistindo a alguma série, lendo ou só curtindo minhas playlists favoritas.
Pular para o conteúdo