#TBT: veja o caminho da Seleção Brasileira na Copa do Mundo feminina de 1995

Bongarts | Getty Images

Está chegando a hora de acompanhar a 9ª edição da Copa do Mundo Feminina. E para celebrar esse momento o Fut das Minas te faz viajar sobre a história dos Mundiais e da trajetória da Seleção Brasileira em cada uma delas. Importante lembrar que o Brasil participou de todas as edições da competição e conquistou um vice-campeonato, em 2007.

Mas o passeio na história do #TBT desta quinta-feira é sobre o mundial de 1995, disputado na Suécia. Doze seleções se dividiram em três grupos. Eram elas:

Grupo A

 – Alemanha
 – Suécia
3º – Japão
4º – Brasil

Grupo B

 – Noruega
 – Inglaterra
3º – Canadá
4º – Nigéria

Grupo C
 – Estados Unidos
 – China
3º – Dinamarca
4º – Austrália

pôster da Copa do Mundo de 1995 – acervo: Museu do Futebol

As duas melhores colocadas e as duas melhores terceiras colocadas se classificaram para as quartas de final. Nessa edição, houve uma campeã inédita. Depois de Estados Unidos abrir o caminho dos títulos, em 1991, no campeonato de 1995 foi a vez da Noruega levantar o troféu, com gols de Hege Riise e Marianne Pettersen, sobre a Alemanha, mesmo com o título, a seleção ainda não recebia premiação em dinheiro.

Em estádios modestos, os suecos compareceram em bom número, com uma média de 4.200 torcedores por jogo. Com isso, durante toda a competição, mais de 112 mil pessoas foram aos estádios.

Caminho da Seleção Brasileira

Seleção Feminina de 1995 Granja Comary – Foto: acervo pessoal de Lunalva Torres de Almeida – cedido ao Museu do Futebol

A principal diferença da Seleção Brasileira de 1991 para a de 1995 foi o comando técnico. Na primeira edição, Fernando Pires foi o treinador da equipe. Para a edição seguinte, Ademar Fonseca, o Dema, comandou o time.

Foi nesta edição que conhecemos todo o talento de Formiga, Pretinha, Michael Jackson e Sissi. Além delas, Meg, Eliane, Elane, Soró, Nenê, Yara, Suzy, Valeria, Leda Maria, Fanta, Márcia Taffarel, Nalvinha, Cenira, Roseli, Katia Cilene e Tânia Maranhão embarcaram rumo a Suécia para tentar uma campanha melhor do que na primeira Copa do Mundo (a Seleção havia sido eliminada na primeira fase).

Das 20 atletas, cerca de 15 não tinham clubes para atuar. Três atletas jogavam no São Paulo, uma no Saad São Caetano, de São Paulo, e uma no Vasco. A modalidade ainda não era apoiada e levada a sério pelos organizadores brasileiros e não existia campeonatos fortes de clubes.

O Brasil estreou com vitória sob as donas da casa, Suécia. O 1 a 0 com gol da camisa 11, Roseli, levou a crer que o caminho poderia ser melhor para a seleção. Mas foram duas derrotas consecutivas. (Veja abaixo os placares).

Suécia 0 x 1 Brasil
Alemanha 1 x 0 Japão
Suécia 3 x 2 Alemanha
Brasil 1 x 2 Japão
Suécia 2 x 0 Japão
Brasil 1 x 6 Alemanha

Com isso, o Brasil terminou em último no grupo, empatado em números de pontos (3) com o Japão, mas foi eliminado pelo critério de gols. O Japão classificou como melhor terceiro colocado.

Mudanças

A FIFA, organizadora da Copa do Mundo, fez algumas mudanças na competição. A primeira, e mais importante, é que a campeã ganharia vaga direta para os jogos Olímpicos de 1996, em Atlanta, nos Estados Unidos. A Noruega esteve presente na edição que foi a primeira em que o futebol feminino entrou como categoria a ser disputada.

O Brasil também esteve na edição de Atlanta, como representante da América do Sul.

Outra mudança foi no jogo. Na Copa do Mundo de 1995 foi a primeira vez que a FIFA implementou o “time-out”, em tradução livre seria tempo técnico, que são os dois minutos que se vê hoje no futebol. A parada foi implementada como teste para as competições futuras. A cada tempo, dois minutos de parada para que as atletas pudessem se hidratar.

Na primeira edição, o tempo do jogo era de apenas 80 minutos. Existia uma crença de que as mulheres se desgastariam jogando os 90 minutos. Em 1995, isso caiu e todas as partidas passaram a ter o tempo comum de uma partida de futebol: 90 minutos.

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