Nos pênaltis, Canadá se classifica para a semifinal dos Jogos Olimpícos de Tóquio

Após se classificar em segundo lugar na fase de grupos, o Brasil enfrentou o Canadá nas quartas de final dos Jogos Olímpicos. Em um jogo emocionante e equilibrado, o Canadá se classificou para a semifinal dos Jogos Olímpicos. Depois de terminar em 0 a 0 o tempo regulamentar e na prorrogação a partida foi para os pênaltis e a goleira Lebbe fez duas defesas.

O JOGO

O primeiro tempo começou cauteloso por parte das duas equipes. Tanto a Seleção Brasileira como a Seleção Canadense optaram por estudar uma a outra antes de decidir a melhor estratégia. Logo aos cinco minutos, a Seleção Brasileira chega na área canadense e Flaming afasta o perigo pela linha de fundo. Andressinha cobra o escanteio mas sem oferecer perigo à goleira Labbe. Durante o empurra empurra na área pela cobrança de escanteio, Sinclair caiu de mau jeito e precisou ser atendida.

O jogo continuou sendo estudado, até que a Seleção Brasileira avança as linhas, e aos 14 minutos, Tamires toca para a Marta pela esquerda que puxa pra dentro, cruza de volta para Tamires e que arrisca a finalização mas a bola passa por cima da meta canadense. Já aos 20 minutos, Lawrence sobe com velocidade pela direita que faz o cruzamento para dentro da área, Sinclair não domina e a bola sobra com a goleira Bárbara.

No meio do primeiro tempo, o Brasil diminuiu o ritmo e o Canadá teve mais liberdade de criar chances. Como com Flaming, aos 24 minutos, que recebe livre na frente da grande área finaliza mas a bola sai pelo lado esquerdo da trave.

Aos 34 minutos, acontece o primeiro momento tenso do jogo envolvendo a arbitragem, Duda recebe pela direita e é interceptada por Chapman. Enquanto a árbitra marcou o pênalti, a bandeirinha marcou o impedimento, então, o VAR faz a revisão e são retiradas as duas infrações. Depois do perigo, o Brasil avança o ataque e após uma bela jogada envolvendo as atacantes, Bia Zaneratto ajeita a bola pra Debinha que arrisca a finalização mas para a na zaga canadense.

Na maior chance de gol do Brasil, Debinha roubou a bola da zagueira canadense e ficou de cara pro gol, mas a goleira Labbe defende e a bola vai para o escanteio. O primeiro tempo terminou no empate sem gols, as duas equipes tiveram seus altos e baixos na partida, mas a proposição de jogo do Brasil foi abaixo do esperado.

Sam Robles / CBF

A segunda etapa começou equilibrada e ainda mais estudada pelas equipes. Aos nove minutos o Brasil avançou no ataque, Marta ajeitou a jogada e tocou para Andressinha que arriscou, mas a bola parou nas mãos da goleira Lebbe. Em cobrança de escanteio de Andressinha, aos 11 minutos, a bola encaixou no cabeceio de Rafalle mas a bola parou nas mãos da goleira.

Em cobrança de falta perto da area brasileira, aos 13 minutos, a bola sobrou na cabeça da zagueira Gilles mas foi parar no travessão da goleira Barbara. Logo depois, aos 14 minutos a técnica Pia Sunhage optou pela entrada de Ludmilla no lugar de Bia Zaneratto apostando na velocidade da camisa 12.

O segundo tempo continuou equilibrado, mas, o Brasil conseguiu avançar suas linhas de ataque e se aproximar da meta canadense. Aos 27 minutos, Formiga saiu para a entrada de Angelina na aposta de vitalidade para o meio campo. Apesar da melhora na criação de chances, a Seleção Brasileira pecava na finalização.

Na reta final, o Canadá apostou na velocidade de Lawrence pelo lado direito, mas apesar dos perigos, a defesa brasileira estava bem colocada e afastou todas as chances. Nos últimos minutos dos acréscimos, a última grande chance do Brasil ficou na velocidade de Ludmilla que recebeu um belo passe de Erika, avançou rápido pelo lado direito mas foi parada pela zagueira Gilles e pela goleira Labbe.

PRORROGAÇÃO

Com o 0 a 0 no tempo regularmentar, o jogo foi para a prorrogação e a exaustão tomou conta das duas equipes. Aos 10 minutos do primeiro tempo em mais uma bela parceria entre Erika e Ludmilla, a camisa 12 se coloca de frente para o gol, tenta o passe para Debinha mas acaba se chocando com a goleira Lebbe. No lance, a árbitra marca a falta de Lud em cima da goleira e opta por dar o cartão amarelo para a brasileira. Lud que já tinha recebido um cartão amarelo, estava pendura e agora cumpre a suspensão na semifinal (se tiver kkkk).

Aos 11 minutos, a técnica Pia Sundhage substitui Duda por Andressa Alves que dá outro gás para a equipe brasileira, mas apesar disso, o primeiro tempo da prorrogação termina mais uma vez em 0 a 0.

O segundo tempo começou com mais cansaço. A equipe canadense chegou com perigo pelo lado esquerdo, mas a bola passou direto pela meta da goleira Bárbara. Depois disso, o Brasil avançou no ataque e ofereceu mais perigo com as chegadas de Andressa Alves, Marta e Debinha. Na bola do jogo, Erika cabeceia bem no canto direito e Lebbe faz a defesa da bola que seria o gol decisivo.

PÊNALTIS

Depois de mais um 0 a 0, a decisão foi para os pênaltis. Bárbara pegou a primeira cobrança, Marta, Debinha e Erika converteram, mas a goleira Lebbe fez a defesa das cobranças de Andressa Alves e de Rafaelle. O Canadá converteu as outras quatro cobranças nos pés de Fleming, Lawrence, Leon e Gilles.

Com o resultado, a Seleção Canadense irá enfrentar na semifinal o vencedor da partida entre Holanda e EUA.

Jornalista, gaúcha que tem uma relação de amor e ódio com o país RS. Gosta de futebol desde sempre e usa seu espacinho no mundo para defender que mulheres joguem, falem e façam o que quiserem dentro da modalidade. Assiste futebol, fala de futebol, escreve sobre futebol e não sabe nem chutar uma bola. Fala igual uma matraca longe de uma câmera, adora conversar e contar histórias.
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