Conheça as jogadoras da Seleção Brasileira convocadas para a Copa do Mundo feminina 2023

A Seleção Brasileira Feminina está convocada para a Copa do Mundo de 2023. Pia Sundhage vai comandar o Brasil pela primeira vez em uma Copa e divulgou a lista na tarde desta terça, 27, na sede da CBF, no Rio de Janeiro.

As convocadas também participam do último amistoso antes do Mundial, contra o Chile, no próximo domingo, em Brasília.

Confira as convocadas para defender a Seleção Brasileira na Austrália e Nova Zelândia.

Goleiras

Letícia Izidoro (Corinthians)

Foto: Thaís Magalhães/CBF

Leticia Izidoro Lima da Silva, mais conhecida como Lelê, de 28 anos, atua no Brasil pelo Corinthians. A habilidosa goleira de 1,75 m se destaca pela qualidade da saída de bola com os pés utilizada no clube brasileiro e pela segurança que transmite debaixo das traves.

Lelê é veterana na seleção, será seu terceiro mundial, mas o primeiro em que chega com um pé na vaga de goleira titular. Nome recorrente desde o ciclo da Copa de 2015, apenas ficou de fora das Olimpíadas do Rio e, mais recentemente, da Copa América de 2022, por um estiramento no ligamento do joelho de última hora. Com a amarelinha a goleira já foi campeã do Campeonato Sul-Americano Sub-20 e da Copa América em 2018.

Além de defender o Corinthians, Lelê coleciona passagens pelo Kindermann e Centro Olímpico. Em 2021, a goleira jogou uma temporada pelo Benfica, em Portugal, retornando ao Timão no final do ano.

Camila (Santos)

Natural de São Luís do Maranhão, Camila chegou ao Santos em 2020, e atualmente é a titular na meta das Sereias da Vila. Em 2022, foi eleita a melhor goleira do Campeonato Paulista, com apenas seis gols sofridos.

Ela foi revelada em 2017, pelo Sampaio Corrêa e na sequência vestiu a camisa do Viana, da Chapecoense, do Internacional e do Iranduba. A primeira convocação da arqueira para a Seleção Brasileira veio neste ano, em abril, para a disputa da Finalíssima, contra a Inglaterra.

Bárbara (Flamengo) 

Iniciou sua carreira no Sport Club do Recife, onde jogou por cinco anos. Sua primeira participação no Mundial foi na Copa do Mundo Sub-20, na Rússia. Foi medalhista de prata no Pan de 2011e nas Olimpíadas de 2008.

Atualmente, ela joga no Flamengo e não passa por uma boa fase. Foi uma surpresa na convocação de Pia.

Defensoras

Antônia (Levante)

Foto: Arquivo Pessoal

A defensora é outro nome que faz parte da renovação da Seleção Brasileira. A versatilidade da jogadora de 29 anos, fez com que ele se tornasse titular em uma das posições mais contestadas da era Pia. Na Seleção, Antônia chegou a jogar como zagueira, mas foi na lateral-direita que ela se destacou, trazendo consistência defensiva e apoiando no ataque.  Com a Amarelinha, ela conquistou a Copa América de 2022. 

Atualmente, ela está no Levante, em sua quarta temporada do futebol espanhol. Antes, Antônia passou quase três anos do Madrid CFF. No Brasil, ela já foi campeã da Libertadores com o Corinthians, em 2017. Além disso, a defensora jogou por clubes como Iranduba e São Paulo. 

Rafaelle (sem clube)

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Rafaelle Souza, de 33 anos, é zagueira e jogava pelo Arsenal, da Inglaterra, até maio deste ano. Atualmente, a jogadora está sem clube. Antes de ser zagueira, a atleta atuou como lateral esquerda, meio campista e já foi escalada no ataque. Essa versatilidade dentro de campo deu a Rafaelle velocidade e habilidade para se destacar na posição de defensora.  

Defendeu a Seleção Brasileira pela primeira vez na Copa do Mundo de 2015, no Canadá, mas antes, já representava as categorias de base da amarelinha. Sua história com o esporte começou no futebol baiano, onde jogava pelo São Francisco do Conde Esporte Clube, time que conquistou o terceiro lugar da Copa do Brasil Feminina em 2007. 

Foi naquele ano que Rafaelle foi revelada e interessou à Seleção Brasileira Feminina sub-15. Pela seleção, conquistou a Copa América, em 2022 e 2018, e os Jogos Pan Americanos de 2015. Esta é a segunda Copa do Mundo de Rafaelle. Em 2019, ficou fora por lesão.

Kethellen (Real Madrid)

Foto: Rafael Ribeiro

Kathellen Sousa Feitoza, 27 anos, é zagueira e atualmente defende a camisa do Real Madrid, da Espanha. Kathellen acumula experiência no exterior tendo atuado também na Inter de Milão.

Com passagens pela Seleção Brasileira desde 2018, participando da Copa de 2019, nesse ciclo, a zagueira foi lembrada por Pia Sundhage após se destacar na temporada de 2021 quando ainda atuava pela equipe italiana, apresentando boas e sólidas atuações defensivas. 

Na sua volta à Seleção, infelizmente, a zagueira rompeu o LCA durante os treinos e ficou pouco mais de sete meses afastada. Mas a recuperação se deu a tempo de Kathellen voltar a campo com seus desarmes precisos e saída de bola segura para participar da Copa América de 2022. 

Mônica (Madrid CFF)

Mônica Hickman tem 36 anos, atua pelo Madrid FC na Liga F da Espanha (primeira divisão). Tem experiência na Seleção Brasileira, estando presente nas Copas de 2015 e 2019, além de ter estado na seleção nas conquistas da Copa América de 2014 e 2018.

A sua convocação foi uma das surpresas da lista da Pia, já que nos últimos anos não aparecia como opção para a técnica. A sua experiência foi uma das características apresentadas pela comandante para gabaritar seu nome entre as convocadas da Copa.

Lauren (Madrid CFF)

Foto: Thaís Magalhães/CBF

A jovem zagueira Lauren, de apenas 20 anos, vai ter a chance de disputar a primeira competição pela Seleção Brasileira principal. A defensora atuou no Madrid CFF nas duas últimas temporadas. Se despediu do clube em maio deste ano. Lauren foi revelada nas categorias de base do São Paulo, mas atuou com times principais já no Madri, na Espanha. 

Passou a ser convocada pela técnica Pia Sundhage em 2021, após boas atuações na base da Seleção Brasileira. Além de conquistar o título do Brasileirão do sub-18 pelo São Paulo, a zagueira conquistou a Sul-Americana de seleções pela sub-17 e sub-20. 

Tamires  (Corinthians)

Foto: Thaís Magalhães/CBF

Tamires é lateral-esquerda e é a única jogadora que esteve presente em todas as convocações de Pia Sundhage desde que a treinadora assumiu a Seleção Brasileira, em 2019. Atualmente, a atleta de 35 anos joga no Corinthians, mas já passou por clubes como Santos, Ferroviária e Charlotte Eagles.

Rápida, habilidosa e decisiva, Tamires foi quem abriu o placar na vitória do Brasil por 2 a 1 contra a Alemanha, no amistoso, em abril deste ano. Figura carimbada, essa é a  sua terceira Copa do Mundo. Pela Seleção, a lateral conquistou a Copa América, em 2014, 2018 e 2022 e os Jogos Pan-Americanos de 2015.

No Corinthians, a jogadora é muito querida pela torcida, que a apelidou de “Mamãe da Fiel”. Pelo clube, Tamires conquistou duas Libertadores, foi campeã três vezes do Campeonato Brasileiro, três do Campeonato Paulista, conquistou duas Supercopas e um título da Copa Paulista. Uma curiosidade é que Tamires é a única jogadora da Seleção Brasileira que é mãe.

Bruninha (NY/NC Gotham City)

Foto: Thaís Magalhães/CBF

Bruna Santos Nhaia, conhecida como Bruninha, é natural de Castro, no Paraná. A zagueira, de apenas 21 anos, faz parte da nova era da Seleção Brasileira. Revelada pela Chapecoense, em 2018, passou pelas categorias de base do Internacional e do Santos, até ser contratada para atuar no time principal do NY Gotham FC, na Liga Americana. 

Nesta temporada, a lateral tem duas assistências pelo time americano. Passou a ser convocada pela Pia em 2020 e tem nove jogos com a seleção. 

Meio-campistas

Ary Borges (Racing Louisville) 

Ary Borges é uma meio-campista que atualmente defende as cores do Racing Louisville. Com 23 anos e natural de São Luís, Maranhão, tem passagens por clubes como Centro Olimpíco, Sport, São Paulo e Palmeiras.

Ary é veterana na Seleção. Sua primeira convocação foi em 2020 e, em 2022, foi campeã da Copa América vestindo a camisa do Brasil. Antes de integrar a Seleção principal, a meia também passou pela equipe Sub-20.

Kerolin (NC Courage) 

Foto: Arquivo Pessoal

Kerolin, de 23 anos, é atacante e joga no North Carolina Courage, pela National Women’s Soccer League (NWSL), nos Estados Unidos. A atleta já passou pelo Corinthians, Ponte Preta, Palmeiras e Madrid CFF. 

Foi no Guarani que Kerolin chamou a atenção da Seleção Brasileira e passou a ser convocada para as categorias de base. Em 2018, quando jogava no Ponte Preta, foi considerada jogadora revelação do Brasileirão, Depois, pelo Corinthians Audax que era a união entre Corinthians e Grêmio Osasco Audax Esporte Clube, a atacante venceu a Copa Libertadores de 2017.

Em 2019, chegou a ser convocada para treinos na Seleção Brasileira, mas foi pega no exame de doping e enfrentou dois anos de suspensão. Essa é a primeira Copa do Mundo de Kerolin. A atacante esteve presente nas duas últimas boas atuações da Seleção Brasileira, na Finalíssima, contra a Inglaterra, e no amistoso contra a Alemanha, em abril deste ano. 

Adriana (Orlando Pride)

Foto: Arquivo Pessoal

Depois de perder a Copa do Mundo de 2019, por conta de uma grave lesão no joelho, Adriana retornou para a Seleção Brasileira e se tornou uma das principais peças do setor ofensivo do time de Pia Sundhage. A atacante, de 26 anos, além de ser ótima finalizadora, é veloz, habilidosa e tem boa visão de jogo. 

E foi no Corinthians, com essas características, que Adriana se consolidou no futebol feminino nacional. Pelo time alvinegro, em seis anos, foram 143 jogos, com 72 gols marcados. Nesse período, ela levantou nove taças, sendo quatro de campeã brasileira e uma da Libertadores Feminina. 

No começo de 2023, ela foi para os EUA, jogar pelo Orlando Pride. A ida dela para o time estadunidense rendeu para o Corinthians 100 mil dólares, cerca de R$ 513 mil, sendo uma das maiores transferências do futebol feminino no Brasil. 

Luana (Corinthians)

Foto: Mariana Sá/CBF

Luana Bertolucci Paixão, 30 anos, atua no meio de campo pelo Corinthians desde 2022. A jogadora tem experiência no exterior defendendo o PSG por três temporadas, tendo passado pela Noruega, Coreia do Sul e outros clubes brasileiros como Centro Olímpico, São Bernardo e São Caetano. 

Convocada para a Copa em 2019, Luana se destaca comandando o meio de campo. Com apresentações sólidas a jogadora é essencial na construção das jogadas, ganhando disputas contra adversárias por todas as áreas do campo, apoiando a equipe onde estiver precisando. Mas onde estiver precisando mesmo. Pia, que destaca a versatilidade de suas jogadoras, já chegou a testar Luana até na lateral-direita dentro de campo. A jogadora exemplar não fez diferente e se mostrou segura também na recomposição defensiva. 

Luana se afastou dos campos em 2021 por conta de uma ruptura no ligamento cruzado do joelho esquerdo. Após a recuperação, a jogadora que já chegou a ostentar a faixa de capitã da Seleção, com toda a rodagem que possui e segurança que transmite na amarelinha, continua a ter seu espaço na equipe.

Duda Sampaio (Corinthians)  

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

A Mineira de Jequeri, Maria Eduarda Ferreira Sampaio, de 22 anos, é um dos grandes destaques que atuam no futebol brasileiro. A meia do Corinthians tem grande destaque não só no time, mas também na Seleção Brasileira. Duda foi revelada pelo América-MG, passou por Cruzeiro e Internacional antes de chegar ao Corinthians. Nesta temporada, tem seis gols e 4 assistências. 

A jogadora também será estreante em mundiais. Foi campeã da Copa América, em 2022. É mais uma atleta da era Pia. Foi convocada para a seleção principal pela primeira vez em 2022, marcou o primeiro gol contra o Peru, na Copa América. 

Ana Vitória (PSG)

Foto: Thaís Magalhães/CBF

Ana Vitória, de 23 anos, é meio campista e atua pelo PSG. Na Seleção, é uma jogadora versátil e já foi escalada para jogar como primeira volante, posição que Pia utilizou a atleta em jogos da She Believes Cup, em 2022. Na ocasião, Aninha havia sido convocada no lugar de Duda Sampaio, que estava lesionada.

Nas últimas duas Datas FIFA — a Finalíssima contra a Inglaterra e o amistoso contra a Alemanha — Ana Vitória não foi convocada, mas volta a aparecer para defender a camisa da Seleção Brasileira. Na primeira Copa do Mundo sem Formiga, é Aninha quem herdou a pesada camisa 8. 

Na Europa, a atleta jogou a Champions League pelo Benfica. No Brasil, passou por clubes como Rondonópolis EC, Mixto EC e Corinthians Audax. Pelo Corinthians Audax, Aninha marcou o pênalti final contra o Colo-Colo que deu o título ao time brasileiro. Na Seleção, a atleta conquistou o Campeonato Sul Americano sub-20. É a primeira Copa do Mundo da jogadora. 

Atacantes

Marta (Orlando Pride)

Foto: Divulgação

Em sua sexta Copa do Mundo, a Rainha do futebol vem para mais um Mundial, trazendo experiência e talento para essa Seleção Brasileira tão renovada. Depois de enfrentar uma lesão no joelho – a mais grave de sua carreira – que a tirou dos gramados por quase um ano e a impediu de disputar a Copa América 2022, Marta retornou para a Seleção Brasileira neste ano na SheBelieves Cup mostrando o porquê é considerada a maior do futebol feminino. Em seu retorno após a lesão, ela deu uma bela assistência para que Debinha marcasse o gol da vitória do Brasil diante do Japão. 

Mesmo com 37 anos, Marta ainda mostra toda a inteligência que tem para atuar, seja dando assistências ou marcando gols, pelo Orlando Pride, dos EUA.

Além de tentar conquistar um título mundial inédito, Marta também vai ter chance de ampliar a marca de maior artilheira das Copa do Mundo, entre homens e mulheres. Até agora, a Rainha balançou a rede em mundiais por 17 vezes.   

Debinha (KC Kansas)

Foto: Silvestre Szpylma/Getty Images

Veterana da Seleção, Debinha possui mais de 130 jogos representando a amarelinha. Aos 31 anos, Débora Cristiane de Oliveira, ou só Debinha, atua nos Estados Unidos pelo Kansas City Current.

Servindo a Seleção por mais de uma década, foi com Pia Sundhage que a camisa 9 encontrou seu melhor momento na equipe. Estrela da Era Pia, desde a chegada da sueca no comando, Debinha é a jogadora que mais acumula gols, tendo balançado as redes 29 vezes até aqui. Com a confiança passada pela treinadora a craque aproveita o seu auge sendo enaltecida pela sueca que declarou que a meia-atacante “representa o que é a Seleção Brasileira”.

Dribla, corre e se infiltra na defesa adversária com facilidade. Debinha é peça chave na construção de gols da Seleção. Foi uma das artilheiras do Brasil na Copa América de 2022, marcando inclusive o gol do título brasileiro. E não para por aí. Ao todo na última temporada foram 27 gols e 6 assistências, números que renderam a sua primeira indicação ao prêmio The Best da FIFA em 2023, ficando com a sexta posição na lista de melhores jogadoras do mundo. A craque brasileira espera traduzir seu bom momento também na Copa do Mundo.

Bia Zaneratto (Palmeiras)

Foto: CBF

A Imperatriz, Beatriz Zaneratto João, será um dos grandes destaques da Seleção Brasileira na Copa do Mundo. A atacante palmeirense está chegando em sua quarta participação em mundiais – estreou em 2011. Ela tem duas Copas Américas, uma Libertadores e um título nacional na Coreia. 

Recentemente, Bia teve um edema e passou o último mês se recuperando para conseguir garantir a vaga na Copa. Pronta para o mundial, a Imperatriz tem um bom histórico com a seleção. São 111 jogos e 38 gols. Bia ajuda a seleção em experiência e excelência no ataque. 

Geyse (Barcelona)  

Foto: Rafael Ribeiro

Natural de Maragogi, no Alagoas, Geyse é atacante do Barcelona. Com 25 anos, a atleta tem passagens por times como CESMAC, União Desportiva, Centro Olímpico, Corinthians, Madrid e Benfica. 

Geyse foi convocada para compor a Seleção Brasileira principal pela primeira vez em 2016. No entanto, ela já vestia a amarelinha pela equipe Sub-20. 

A atleta tem qualidades distintas que a faz confortável nas três posições de ataque. Muito física, Geyse se destaca por sua capacidade também defensiva e na qualidade dos dribles. Pela Seleção, ela soma cinco gols em 36 jogos. 

Gabi Nunes (Madrid CFF)

Foto: Thaís Magalhães/CBF

Gabi Nunes, de 26 anos, é atacante e atualmente está sem clube. Gabi é uma das maiores artilheiras do Campeonato Brasileiro Feminino da história, competição que jogou representando o Corinthians por cinco anos. Na Seleção, a atleta iniciou nas categorias de base em 2013. 

Pela amarelinha, Gabi Nunes ajudou o Brasil a conquistar o sétimo título na Copa do Mundo sub-20. A atleta marcou cinco gols em quatro jogos e recebeu a chuteira de prata da FIFA das mãos da rainha Marta. Em 2016, recebeu a primeira convocação para a Seleção principal. 

Gabi sofreu com três lesões em 2017 e precisou ficar um ano e meio sem jogar. No período, cogitou desistir do esporte, mas se recuperou e voltou aos gramados. Agora, tem sua primeira Copa do Mundo pela frente. 

Nycole (Benfica)

Nycole Raysla Silva Sobrinho, 23 anos, atua como atacante pelo Benfica, de Portugal. Começou a carreira profissional no Ceilândia, e passou por outros times brasileiros como Cresspom e Minas Brasília. Mas foi em 2020 que a atacante seguiu rumo à Europa para atuar no Benfica. 

Em Portugal, então, Nycole se destacou participando de gols e de conquistas benfiquistas. Foi notada por Pia Sundhage e sua comissão técnica integrando a Seleção pela primeira vez em 2020. Ganhou mais oportunidades ao longo do ciclo, no entanto, a centroavante foi mais uma vítima da ruptura do ligamento cruzado anterior no joelho esquerdo, voltando a jogar somente no meio do ano passado. 

Neste ano, a artilheira canhota voltou a ser convocada para vestir a amarelinha na Finalíssima Feminina, mas acabou sendo cortada por conta de uma lesão no joelho esquerdo. Recuperada, agora espera deixar as lesões para trás e contribuir com a Seleção na sua primeira Copa do Mundo. 

Andressa Alves (sem clube)

Foto: Arquivo Pessoal

Com mais de 100 jogos pela Seleção Brasileira e com três títulos de Copa de América, Andressa Alves chega para a Copa do Mundo de 2023, em busca de consolidar ainda mais seu nome na história da Amarelinha. 

Depois de perder um dos pênaltis que eliminou o Brasil dos Jogos Olímpicos de Tóquio, a jogadora de 30 anos, acabou perdendo mais espaço na Seleção Brasileira. Mas com uma temporada histórica na Roma, Andressa voltou a figurar no radar da técnica Pia Sundhage. Além de ser a primeira brasileira a jogar pelo time italiano, ela conquistou o título do Campeonato Italiano, com 16 gols marcados. Jogando mais no setor de meio-campo, Andressa mostrou versatilidade e alto nível nesta temporada com a Roma. 

Talvez, o grande momento que carimbou a vaga de Andressa Alves para a Copa do Mundo deste ano, foi durante a Finalíssima Feminina. Convocada para substituir a atacante Nycole que havia se lesionado, Andressa entrou na grande decisão contra a Inglaterra e marcou o gol que levou a final para os pênaltis.  

Suplentes

Tainara (Bayern de Munique) 

Foto: Arquivo Pessoal

A zagueira de 24 anos é uma das que fazem parte do ciclo de renovação desta Seleção Brasileira. Ao lado de Rafaelle, Tainara formou uma dupla de zaga segura e consistente que a técnica Pia Sundhage procurava desde que chegou. A defensora conquistou a Copa América de 2022.  

Desde quando foi revelada em 2016, no São Francisco de Conde, da Bahia, Tainara já mostrava que seria um grande talento do futebol feminino brasileiro. Entre 2017 e 2019, defendeu o Vitória. Nessa mesma época, ela foi convocada para a Seleção Brasileira Sub-20, onde foi campeã Sul-Americana em 2018. Ela ainda teve duas passagens pelo futebol paulista em que ganhou dois títulos estaduais. Em 2020, Tainara jogou no Santos e no ano seguinte atuou no Palmeiras.

Não demorou muito para Tainara brilhar no futebol europeu. Em 2021, a zagueira foi para o Bordeaux, da França. Na temporada seguinte, foi contratada pelo Bayern de Munique, em uma transferência histórica. Além de ser a primeira brasileira a jogar pelo time bávaro, a transferência para o Bayern de Munique foi a quarta mais cara de 2022 do futebol feminino mundial, de acordo com um relatório da FIFA.  

Aline Gomes (Ferroviária)

Foto: Rafael Ribeiro

Aos 17 anos, a jovem atacante da Ferroviária é considerada uma das grandes promessas do futebol feminino brasileiro e mundial. E isso não é à toa, desde quando chegou ao time de Araraquara, em 2020, Aline Gomes chamou atenção pela sua inteligência, habilidade, velocidade e capacidade de finalização. 

A atacante ganhou sua primeira oportunidade na Seleção Brasileira principal, em março deste ano, para a Finalíssima e o amistoso contra a Alemanha. Mas, antes, ela já tinha uma trajetória de destaque nas categorias de base. Alina foi campeã Sul-Americana Sub-17 e disputou os mundiais Sub-17 e Sub-20. Ao todo, em 16 jogos pela base, ela marcou dez gols.

Angelina (OL Reign)

Nascida em Nova Jersey (EUA), Angelina veio para o Brasil bem pequena, onde construiu toda a sua trajetória no futebol, teve passagens por Santos e Palmeiras e desde 2021 joga no OL Reign, dos EUA. Aos 23 anos, ela se tornou uma das peças importantes da era Pia. A meia-campista trouxe qualidade e segurança para uma posição que tinha virado uma incerteza após a aposentadoria de Formiga. Sua primeira convocação na Seleção Brasileira foi em 2021. Mas antes, ela já se destacava na base, onde disputou mundiais com as categorias Sub-17 e Sub-20. 

Angelina chegou a disputar as Olimpíadas de Tóquio, quando foi chamada para substituir Adriana que havia se machucado. Desde então, ela se tornou uma figura certa nas convocações da técnica Pia Sundhage. No entanto, durante a Copa América uma lesão no LCA quase colocou em xeque a sua participação na Copa do Mundo de 2023. Após ficar mais de 10 meses afastada, ela se recuperou a tempo para ser convocada para o Mundial. 

 

Jornalista formada pela UFPR, amo futebol. Me encantei pelo futebol feminino e não parei mais de escrever sobre. Gosto de tudo o que o jornalismo esportivo me proporciona e amo o que faço.
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