Dia da goleira: Relembre as defensoras que passaram pela Seleção Brasileira Feminina de Futebol

A posição número 1 de um time precisa dar confiança. Há um ditado que diz que um bom time começa por uma boa goleira. A Seleção Brasileira de Futebol Feminino sempre teve peças marcantes e que ficaram por anos na posição ou com convocações frequentes.

O começo
Nas competições oficiais, tudo começou com a Margarete Maria Pioresan, mais conhecida como Meg. Iniciando como atleta de handebol, foi convocada para a seleção de futebol em 1988, para o pré-mundial, mas, pediu dispensa para disputar o Sul-Americano de Handebol.

Em 1991, aos 35 anos, foi para a Seleção de Futebol para participar da primeira Copa do Mundo Oficial da FIFA. Meg seguiu na seleção até 1996, quando deixou a amarelinha, mas seguiu atuando por clubes.

Meg foi pioneira no gol da Seleção Brasileira em competições oficiais da FIFA (foto: Divulgação/Museu do Futebol)

De goleira à preparadora
Maravilha foi goleira da seleção de 1995 a 2008. Passou pela fase mais difícil da categoria no Brasil. Esteve na medalha de prata de 2004, em Atenas. Foi pioneira anos depois, quando pela primeira vez na história, a seleção feminina teve uma preparadora de goleiras. Em 2019, Maravilha foi convidada para compor a comissão da seleção Sub-17 como preparadora. Ela permanece no grupo até hoje.

A ex-goleira da seleção, Maravilha, agora é preparadora de goleiras da Seleção Brasileira Sub-17 (foto: redes sociais)

Recordistas de convocações
A goleira mais convocada para atuar com a camisa da seleção foi a Andréia Suntaque. Com oito participações em grandes torneios, Andréia conquistou muitas medalhas. Ela disputou quatro Jogos Olímpicos (Sydney 2000, Atenas 2004, Pequim 2008 e Londres 2012) e ganhou duas medalhas de prata em Atenas e Pequim. Ela jogou três Pan-Americanos e foi campeã em Santo Domingo, em 2003, e no Rio de Janeiro, em 2007.

Andréia Suntaque fez parte da chamada era de Ouro da seleção que tinha Marta, Formiga, Cristiane, Rosana, entre outras, em grande fase (fotos: redes sociais)

Última da era pré-Pia
A goleira Bárbara ganhou destaque quando o futebol feminino do Brasil começou a ficar mais em evidência. Ela se tornou figurinha carimbada nas convocações a partir de 2007.

Bárbara participou de quatro olimpíadas, incluindo a do Brasil. Sua última convocação foi em 2021, quando a atual técnica Pia Sundhage decidiu renovar em quase todas as posições da Seleção.

Bárbara participou de cinco torneios importantes entre Copas do Mundo e Olimpíadas (foto: Sam Robles/CBF)

Nova geração
Goleira sempre foi um tema delicado no Futebol Feminino. As pessoas questionam o tamanho do gol, o peso da bola, mas raramente questionam qual a preparação que as atletas estão tendo para ocupar a posição.

Com a chegada da Pia, a Seleção passou a ter boas opções no gol e melhoria no treinamento especializado. Atletas com mais segurança, firmeza, tempo de bola, elasticidade. Tudo que uma boa goleira precisa para fazer boas defesas.

Após as Olimpíadas de Tóquio, começou a corrida para encontrar a dona da posição na seleção. Lorena, do Grêmio, e Lelê, do Corinthians, foram as que mais disputaram a titularidade. Lorena acabou levando vantagem e era convocação certa para o Mundial deste ano, na Nova Zelândia e Austrália, mas teve uma lesão grave no joelho que a tirou dos gramados.

Reprodução redes sociais CBF

Lelê, 18 vezes convocada pela Pia Sundhage, foi titular na Finalíssima contra a Inglaterra, no amistoso contra a Alemanha, e mostrou muita segurança, indicando que é mais provável dona da camisa 1 na Copa do Mundo deste ano.

Luciana é outro destaque de confiança da Pia. Convocada nove vezes pela treinadora, a goleira da Ferroviária está presente como reserva e pode ser acionada, se necessário. É a goleira mais experiente do elenco, com 35 anos, e já esteve presente na seleção em outros momentos, como Pan-Americano de 2015 e na Copa do Mundo do mesmo ano.

Jornalista e Profissional de Educação Física. Pernambucana, bairrista por natureza, vivendo a máxima Gonzaguista: “Minha vida é andar por esse país”. Apaixonada por futebol desde que respira. Atualmente vive em São Paulo, e tem como sonho ajudar a conduzir o futebol feminino ao topo. Fora das quatro linhas, gosta de ler, pedalar, explorar a natureza e é obcecada pela ideia de estar sempre criando algo novo.
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