Saiba sobre o plano de legado da Copa do Mundo de 2023, que prevê equidade de gênero no futebol

Foto: GETTYIMAGES

A Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia acontece neste ano, mas o plano de legado que ela pretende deixar começou há três anos atrás. Em 2020, quando os países descobriram que sediariam a maior competição de futebol feminino do mundo, ficou entendido que este deveria ser um marco que representasse o avanço da categoria. Assim, foi criada uma mentalidade de equidade de gênero no esporte e ações para tornar isso possível.

O plano de legado “Legacy 23” foi criado por um comitê colaborativo envolvendo a Fifa e membros de federações nacionais envolvidas na Copa do Mundo. O objetivo é aumentar a conexão entre futebol e as comunidades e ampliar as oportunidades para as mulheres esportistas. O legado tem cinco pilares fundamentais: participação, alta performance, turismo e engajamento, liderança e desenvolvimento e facilitação.

O desejo da Austrália e Nova Zelândia é que os ganhos com a Copa do Mundo sejam duradouros e que o futebol seja o primeiro esporte comunitário a alcançar a paridade de gênero na participação. Para isso, é necessário criar campanhas de identificação com o torcedor, identificar e desenvolver lideranças femininas no futebol, da base ao profissional, apoio e fomento do futebol feminino por meio de equidade de salários e valorização social.

Os governos federal e estadual também entraram em ação como investidores e, neste mundial, veremos uma estrutura “padrão Fifa”, como as jogadoras merecem. Até o momento mais de U$S 276 milhões já foram aplicados em estruturas e organização.

O projeto é fruto também de um acordo firmado antes mesmo da escolha da sede. Durante a candidatura para sediar o mundial, os australianos e neozelandeses argumentaram usando o trecho: “Futebol feminino é muito mais do que um jogo para nós. É um agente de mudanças para as mulheres em nossos países, onde nós celebramos nossa orgulhosa história de avanços no papel das mulheres em liderança, promoção do esporte feminino e esforço para tornar igualdade de gênero uma realidade”.

Assim, o mundial de 2023 tem tudo para entrar para a história como uma dos maiores dentro e fora dos gramados. Importante ressaltar que neste ano, veremos ainda mais mulheres disputando a taça, pois, pela primeira vez, a competição receberá 32 equipes.

Foto: Bernadett Szabo – Seleção Australiana Feminina.
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