Pela primeira vez na história, Corinthians e Palmeiras se enfrentam na final do Brasileirão Feminino A1

Se você não tem nada agendado para a noite do próximo domingo, 12 de setembro, pode ter certeza que a final do Brasileirão Feminino é uma boa escolha. Isso porque, Palmeiras e Corinthians se enfrentam no Allianz Parque, às 21h, consagrando as duas melhores campanhas da competição. O jogo de volta será no dia 26 de setembro, na Neo Química Arena (casa das atuais campeãs), às 20h. 

As duas partidas serão transmitidas pela Band, SporTV e os perfis de Tik Tok do BR Feminino e do canal Desimpedidos. Mas antes de marcar seu lugar na poltrona para assistir a decisão, saiba como as equipes chegaram até a final do campeonato.

Bruno Ruas/iShoot

O caminho até a final

Como se não bastasse a tradicional rivalidade da camisa, os dois times paulistas chegam a final como as duas melhores campanhas da competição. O Corinthians e o Palmeiras disputaram a liderança da competição até a sétima rodada, mas a equipe alvinegra, que chega a sua quinta decisão consecutiva, terminou a primeira fase na liderança. 

Foram 38 pontos ganhos, após 12 vitórias, dois empates e apenas uma derrota. Nas quartas de final, as alvinegras bateram o atual vice-campeão brasileiro, o Avaí/Kindermann, e nas semis, venceram a tradicional Ferroviária. 

Do outro lado, o Palmeiras chega a sua primeira final do Brasileirão Feminino. No entanto, não se pode deixar enganar, o investimento, a dedicação e o trabalho feito nos últimos anos mostraram grande resultado nesta temporada.

 As Palestrinas foram a 2ª melhor campanha da fase inicial. Apesar de ficarem um ponto atrás do Corinthians, a equipe passou invicta na primeira fase, após 11 vitórias e quatro empates. No mata-mata, o Verdão sofreu um pouco mais, ao perder para o Grêmio por 2 a 1 na ida, e ter que virar o confronto ao aplicar 4 a 1 em casa. Nas semis, elas voltaram a mostrar para o que vieram e conquistaram duas vitórias em cima do Internacional, com direito a goleada por 4 a 1 no jogo de volta. 

Rivalidade em números

Analisando as estatísticas, o Corinthians sai na frente. O ataque e a defesa das alvinegras são as melhores da competição. No total, foram 60 gols marcados e 16 sofridos. A grande atuação da frente alvinegra na temporada, somadas a sua tradicional característica defensiva, fazem com que o Corinthians seja o favorito e vá para cima na decisão, buscando dominar o ataque, ditar o ritmo de jogo e marcar gols rapidamente. 

Mas o time de Arthur Elias vai se deparar com um setor defensivo à sua altura. O Palmeiras chega à final com 55 gols marcados e apenas 17 gols sofridos, um a mais do que as rivais. Além do destaque no setor defensivo, que fizeram das Palestrinas a única equipe invicta da primeira fase, o Palmeiras também tem peças importantes no ataque que prometem equilibrar a disputa. 

Richard Calli

Retrospecto do clássico

Segundo os registros oficiais da Federação Paulista de Futebol (FPF), já aconteceram 10 dérbis femininos na história, sendo sete vitórias do Corinthians, uma do Palmeiras e dois empates. 

Os confrontos mais recentes foram na semifinal do Campeonato Brasileiro de 2020, onde o time alvinegro venceu por 3 a 1. No Campeonato Paulista de 2020, sendo um empate por 2 a 2 e uma vitória corinthiana por 1 a 0, e no atual Brasileirão, onde os times se enfrentaram na fase de grupos, na época valendo a liderança do campeonato, e terminaram empatados por 1 a 1. 

Apesar dos resultados, os recentes jogos foram marcados por uma disputa equilibrada, com investidas no ataque de ambos os lados. Em duas oportunidades o Palmeiras saiu na frente, mas o Corinthians buscou o empate, o que não impediu os dois times de buscarem gols até o fim. 

Sempre muito disputado, o dérbi não pode ser resumido por números. De um lado temos uma equipe experiente e, sem dúvidas, com histórico campeão. Do outro, uma equipe reformulada, com muita vontade e que não fica para trás nos resultados. A única certeza que se pode esperar de Corinthians e Palmeiras é um grande jogo e uma final histórica. 

Jornalista e 100% paulista. Há quem diga que tem cara de metida, mas quem conhece sabe que não tem frescura. Se deixar faz amizade com a cidade inteira, porque não fica quieta nem por um segundo. Apaixonada por esportes, sonha em se tornar repórter televisiva. Acredita que o jornalismo esportivo é muito mais do que falar de esporte, e a partir dele quer contar histórias.
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